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Goldman Sachs revela metas de longo prazo para avançar em novos negócios

29/01/2020 13h35

Por Elizabeth Dilts Marshall

NOVA YORK (Reuters) - O Goldman Sachs divulgou nesta quarta-feira agressivas metas de crescimento de muitos de seus negócios, em uma estratégia para avançar em áreas dominadas por rivais como JPMorgan e Bank of America

Ao definir metas mais amplas e sendo mais transparente, o Goldman faz um esforço para amenizar críticas de investidores que há tempos reclamam de falta de informação pelo grupo.

Em sua primeira apresentação para investidores, o Goldman afirmou que planeja que os depósitos de seu banco de varejo atinjam 125 bilhões de dólares ou mais nos próximos cinco anos. O Goldman também afirmou que planeja ampliar os financiamentos a consumo e cartões para mais de 20 bilhões de dólares no período.

"Pacientes, metódicas e de longo prazo" é como o vice-presidente de operações, John Waldron, descreveu as metas do banco. "Estamos plantando as sementes que levarão tempo para crescer", disse presidente-executivo do Goldman, David Solomon, na apresentação a investidores.

O Goldman está mirando um índice de eficiência de 60% nos próximos três anos e projetou um retorno sobre patrimônio (ROE) de mais de 14%. Quanto menor o índice de eficiência, melhor é um banco na gestão de seus custos em relação à receita.

"Acreditamos que a paciência do investidor será tão importante quanto o cumprimento desta metas no período de três anos", disse Glenn Schorr, analista da Glencore ISI.

As últimas projeções do banco são observadas de perto por analistas e investidores que aguardam saber mais sobre a divisão de banco de varejo do Goldman, que consiste do banco online Marcus e o cartão de crédito em parceria com a Apple.

O Marcus é o pilar central da estratégia de Solomon para o Goldman Sachs, que tem 151 anos de história. Analistas estimam que vai levar pelo menos uma década para o banco de varejo ser significativo em relação a outros negócios do Goldman.

Atualmente, o banco de varejo gera apenas 2,4% da receita do Goldman, ante 40% da área de emissões de títulos do Goldman.

(Por Elizabeth Dilts Marshall, Matt Scuffham e Anirban Sen)

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