Soldados dos EUA sofreram concussão cerebral no ataque iraniano no Iraque
Washington, 25 Jan 2020 (AFP) - Um grupo de 34 soldados americanos sofreu lesões cerebrais traumáticas ou concussões no recente ataque aéreo iraniano contra uma base militar no Iraque que abrigava tropas estrangeiras, informou o Pentágono nesta sexta-feira.
"No total, 34 soldados foram diagnosticados com concussões e TCE (lesão cerebral traumática)", disse o porta-voz do Pentágono Jonathan Hoffman a repórteres.
A informação contradiz as afirmações iniciais do presidente Donald Trump de que nenhum americano foi ferido no ataque à base de Ain al Asad (oeste do Iraque).
Hoffman detalhou que 17 militares foram levados inicialmente para a Alemanha para receber tratamento, oito dos quais chegaram aos Estados Unidos nesta sexta-feira.
"Continuarão recebendo tratamento nos Estados Unidos, no Walter Reed (hospital militar na região de Washington) ou em suas respectivas bases".
Os outros nove militares enviados à Alemanha "ainda estão sendo avaliados e sob tratamento lá".
Entre os sintomas apresentados pelos soldados estão "dores de cabeça, enjoos, hipersensibilidade à luz, agitação e perda de equilíbrio". Estes sintomas desapareceram rapidamente em alguns casos, mas se agravaram em outros.
Durante a madrugada do dia 8 de janeiro, Teerã atacou com mísseis a base aérea de Al-Assad, no oeste do Iraque, e a base em Arbil, que abrigam tropas americanas e outros contingentes estrangeiros da coalizão liderada por Washington que luta contra remanescentes do grupo jihadista Estado Islâmico.
O ataque foi uma represália pela morte do general iraniano Qasem Soleimani, alvo de um drone americano no dia 3 de janeiro, em Bagdá.
Legisladores democratas acusaram Trump de mentir sobre o ataque. "Ele minimiza estas lesões como 'dores de cabeça', mas aproximadamente metade de todas as lesões cerebrais traumáticas (TBI) exigem cirurgia e podem provocar limitações pelo resto da vida", declarou a congressista da Flórida Debbie Wasserman Schultz.
co/ec/lr
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