Italianos encontram suposto crânio de Plínio, o Velho
A novidade foi apresentada nesta quinta-feira (23) pelo jornalista e historiador da arte Andrea Cionci, que coordenou dois anos de estudos em colaboração com o Centro Nacional de Pesquisas (CNR), órgão ligado ao Ministério da Saúde, e as universidades La Sapienza, de Florença e de Macerata.
"A probabilidade de ser o crânio de Plínio, o Velho, é muito, muito alta, ainda que não existam certezas absolutas na arqueologia", disse Cionci à ANSA. "O que temos certeza é que, dos estudos feitos até agora, não surgiu nada que pudesse contradizer essa atribuição", acrescentou.
Segundo o historiador, análises conduzidas pelo CNR mostraram que o crânio é de um indivíduo que viveu em algumas áreas dos Apeninos Centrais ou da Planície Padana, região onde fica a cidade de Como, terra natal de Plínio.
Outros exames indicaram que o crânio é de um homem com idade semelhante à do naturalista, que morreu com 56 anos. A posição em que o esqueleto foi encontrado e os ornamentos que envolviam os restos mortais também ajudaram na atribuição.
Plínio, o Velho, é autor de uma enciclopédia chamada "História Natural", seu único trabalho que chegou aos nossos tempos e que reúne conhecimentos da época sobre fenômenos da natureza, da botânica à astronomia.
O naturalista morreu no ano de 79, quando atracou com sua frota marítima na atual Castellammare di Stabia, nos arredores de Nápoles, para ver mais de perto a erupção do Vesúvio e ajudar amigos em dificuldade. O fenômeno devastou a cidade de Pompeia, e acredita-se que Plínio tenha morrido sufocado por gases vulcânicos. (ANSA)
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