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Uruguaia dLocal ganha Amazon como cliente e acelera contratações

Eduardo Thomson

22/01/2020 14h21

(Bloomberg) -- A dLocal, uma provedora de serviços de pagamentos uruguaia, agora tem a Amazon como cliente no Chile e planeja aumentar a força de trabalho em pelo menos 50% este ano para atender à crescente demanda, segundo o fundador e diretor-presidente da empresa, Sebastián Kanovich.

A empresa, com sede em Montevidéu, aumentará as contratações em Israel e na China e pretende abrir um escritório em Bangladesh, disse Kanovich em entrevista. Fundada há cinco anos, a dLocal já possui 200 funcionários em 18 mercados no mundo todo, com vendas anuais de US$ 100 milhões.

A empresa já dá lucro, disse Kanovich, sem divulgar detalhes. Ele não quis comentar se a dLocal está à procura de investidores de private equity, mas disse que uma oferta pública inicial é possível a longo prazo.

A dLocal tem como foco pagamentos transnacionais em economias emergentes, fornecendo plataformas para que serviços on-line como Booking.com, Uber e Netflix recebam por meio de cartões de crédito locais em diferentes moedas. A empresa também fornece serviços de pagamento, enviando dinheiro de empresas como Uber para motoristas. A empresa acabou de fechar um contrato com a Amazon.com para permitir que clientes no Chile comprem no site da empresa norte-americana com cartões de crédito internacionais e domésticos, disse Kanovich.

A empresa procura crescer em um setor que registra forte expansão nos mercados emergentes. Na América Latina, ações de processadoras de pagamentos no Brasil, como PagSeguro e StoneCo, subiram pelo menos 60% desde a abertura do capital em 2018. No Chile, a concorrência cresce entre operadores de ponto de venda, já que empresas como MercadoLibre tentam ganhar participação de mercado de rivais tradicionais como o Transbank.

O Chile é um mercado particularmente atraente para a dLocal, disse Kanovich, porque o país tem a maior penetração bancária, de internet e de smartphones da região. Os gastos per capita em comércio eletrônico foram de US$ 222 no Chile em 2016, em comparação com US$ 120 no Brasil e US$ 138 na Argentina, segundo dados compilados pela dLocal.

--Com a colaboração de Maria Jose Campano.

Para contatar o editor responsável por esta notícia: Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net

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