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Mulher é suspeita de atacar mães e tentar sequestrar crianças no Pará

Polícia procura mulher suspeita de sequestrar crianças na Grande Belém - Divulgação/Polícia Civil do Pará
Polícia procura mulher suspeita de sequestrar crianças na Grande Belém Imagem: Divulgação/Polícia Civil do Pará
do UOL

Abinoan Santiago

Colaboração para o UOL, em Ponta Grossa (PR)

22/01/2020 12h46

Três casos de tentativas de sequestros de crianças na rua são investigados pela Polícia Civil do Pará. Os crimes teriam sido praticados na Grande Belém por uma mulher loira e de altura mediana. Ela abordava as mães e exigia as crianças sob ameaça de que poderia contaminá-las com uma seringa supostamente com sangue infectado, conforme relato das vítimas.

A Polícia Civil ainda não conseguiu identificar a suspeita. Com base em informações das mães abordadas, os investigadores elaboraram e divulgaram ontem um retrato falado em busca do paradeiro da mulher.

O primeiro caso ocorreu no bairro Marco na sexta-feira (17), em Belém. O segundo e o terceiro aconteceram anteontem, nos bairros Barreiro, na capital; e Cidade Nova, em Ananindeua, região metropolitana da Grande Belém. Todos são investigados pela Diretoria de Polícia.

A microempresária Juliana Monteiro, de 28 anos, é uma das vítimas. Ela estava com a filha de três meses no colo em uma rua do bairro Cidade Nova, em Ananindeua, quando foi abordada pela suspeita por volta das 10h. A mulher desceu de um carro de cor prata guiado por um homem — ainda não identificado — e exigiu que a vítima entregasse a filha.

"Eu estava voltando do posto de saúde com minha filha no carrinho, quando o carro parou ao meu lado e a mulher com a seringa na mão disse que se eu não desse a criança pra ela, iria me furar com a seringa infectada. Foi quando eu peguei minha filha no colo e corri pelo canteiro entre o muro e os carros estacionados até que cheguei a esquina onde tem uma quadra de esportes com alguns homens jogando futebol. Pedi socorro pra eles, mas o carro virou no local onde me abordou e os dois fugiram. Foi um medo terrível de perder minha filha", detalhou ao UOL.

A vítima, que agora não anda mais sozinha, diz ter ficado com trauma. Ela pensa até em mudar de bairro no município paraense. A microempresária também prefere não ter a imagem divulgada por medo.

Polícia ouve testemunhas e busca imagens

Segundo delegado-geral de Polícia Civil do Pará, Alberto Teixeira, a elaboração do retrato falado se deu a partir das primeiras diligências e oitivas das vítimas e de testemunhas que viram os crimes.

Outra frente de investigação busca imagens de câmeras de monitoramentos nos perímetros onde as tentativas de sequestro aconteceram.
"Várias diligências já foram realizadas e depoimentos colhidos. A partir daí, pudemos fazer o exame específico, que nos possibilitou produzir a imagem da pessoa suspeita. A divulgação da imagem é de extrema importância para que possamos localizar e prender esta mulher. Quem tiver informações, basta ligar", destacou Teixeira. O telefone do Disque Denúncia do Pará é 181.

Para a investigação, ainda é muito cedo para falar em eventuais motivações para as tentativas dos sequestros das crianças.
Questionada pelo UOL, a vítima Juliana Monteiro confirmou que o retrato falado se aproxima das características da mulher a abordou.

A Polícia Civil do Pará também não descarta a possibilidade de haver mais vítimas e apela que eventuais mulheres também abordadas pela suspeita procurem as delegacias mais próximas para registrar o fato.

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