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Chuvas desalojam mais de 2 mil pessoas no Espírito Santo

Assessoria de Comunicação do Governo/Divulgação
Imagem: Assessoria de Comunicação do Governo/Divulgação
do UOL

Da Agência Brasil

22/01/2020 14h52

Resumo da notícia

  • Fortes chuvas atingem o ES desde sexta-feira; sete pessoas morreram e 2.355 estão desalojadas
  • Mais de 90% dos desalojados vivem nas cidades de Alfredo Chaves e Vargem Alta
  • Institutos de meteorologia alertam: probabilidade de chuvas fortes ou tempestades nas próximas horas é alta

As fortes chuvas que atingem o Espírito Santo desde a última sexta-feira (17) já causaram a morte de sete pessoas e deixaram 2.355 desalojadas.

Segundo o último boletim divulgado pela Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp), do total de desalojados, 2.271 pessoas tiveram que deixar suas casas e se acomodar provisoriamente na casa de parentes ou amigos. As 84 pessoas desabrigadas foram levadas para abrigos públicos — em alguns casos, improvisados em escolas públicas ou igrejas.

Os mais de 90% dos desalojados contabilizados até as 11h de hoje vivem em duas cidades do sul do estado. Em Alfredo Chaves, a cerca de 80 km da capital Vitória, foi registrado o maior número de desalojados: 1.107 pessoas, além de três mortes.

Em Vargem Alta, a apenas 40 km a oeste de Alfredo Chaves, 1.006 pessoas tiveram que deixar suas casas e se alojar na casa de parentes ou amigos. Em Vargem Alta, também foi registrado o maior número de desabrigados: 58 pessoas.

Devido à situação, na segunda-feira (20), o prefeito de Alfredo Chaves, Fernando Videira Lafayette, declarou situação de calamidade pública. Até o momento, 17 pontes foram danificadas ou destruídas no município.

O transbordamento do rio Benevente alagou ruas, destruiu casas e ainda provocou as três mortes registradas na cidade. Estradas vicinais e rodovias estaduais foram atingidas por barreiras, interrompendo integral ou parcialmente o tráfego de veículos.

Os festejos para comemorar os 129 anos de emancipação política da cidade, marcados para a próxima sexta-feira (24), foram cancelados pela prefeitura, que concentrou na Coordenadoria de Defesa Civil os esforços dos órgãos municipais para atender à população, limpar as ruas e restabelecer os serviços básicos.

Além das mortes registradas em Alfredo Chaves, quatro pessoas morreram em Iconha, 100 quilômetros ao sul de Vitória, por causa da chuva.

Na sexta-feira, o nível do rio Iconha, que corta a cidade, subiu quase 4 m, transbordando, causando alagamentos e obrigando a Defesa Civil Municipal a pedir para as famílias deixarem suas casas em áreas de risco e buscarem abrigos seguros.

O abastecimento de água foi afetado em parte da cidade e, no domingo (19), a empresa de água e esgoto, Saae, recomendou à população que consuma água com cautela. "Que a água seja utilizada para as necessidades básicas, de higiene, sendo que carros-pipas estarão à disposição das famílias para que seja realizada a limpeza das casas." A prefeitura também pediu à população que colabore com a doação de materiais de limpeza e de higiene pessoal para as vítimas das enchentes.

Maior volume de chuva

Só em Colatina, no centro do estado, a cerca de 130 km, choveu nas últimas 24 horas 100,86 milímetros (mm). Além de representar o maior volume acumulado em todo o estado, entre as 6h de ontem e 6h de hoje, o volume é inesperado, já que a expectativa para todo o mês fica entre 300 e 500 mm.

Institutos de meteorologia alertam que é grande a probabilidade de que chuvas fortes ou tempestades voltem a atingir o estado a partir das próximas horas.

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu o alerta laranja para o Espírito Santo, parte de Minas Gerais (também castigado pelas fortes chuvas dos últimos dias), Bahia, Goiás, Rio de Janeiro e do Distrito Federal

Ontem, órgãos federais como o Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad), do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), já tinham emitido um alerta conjunto sobre a possibilidade de chuvas intensas na mesma faixa do território brasileiro.

Em nota conjunta, os órgãos federais recomendam que as autoridades estaduais e municipais de proteção e defesa civil alertem a população vulnerável para o risco iminente.

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