Rio: Jovem é atacado e tem 55% do corpo queimado; família acusa ex-namorada
Daniel Jean Rocha Claudino, 20, foi internado na quarta-feira (15), após ficar com 55% do corpo queimado. Segundo parentes do rapaz, a ex-namorada dele teria cometido o crime, por não aceitar o fim do relacionamento de três anos.
O jovem, que trabalhava como motoboy, consertava a moto na rua quando a ex-namorada teria despejado uma garrafa pet de gasolina em cima dele e jogado um fósforo. Ele teve queimaduras em cinco áreas do corpo: rosto, pescoço, braços, peito e pernas.
Daniel Claudino estava no bairro no Cachambi, na zona norte do Rio de Janeiro. De acordo com parentes, vizinhos ajudaram a socorrê-lo. Ele foi levado para o hospital Salgado Filho, no Méier, e apenas ontem a família conseguiu que ele fosse transferido para um centro especializado de tratamento de queimados, no hospital Souza Aguiar, na região central da cidade. O estado de saúde dele é considerado grave, porém estável.
Vítima já teria sido ameaçada por ex
Andrea dos Santos Rocha, tia do rapaz, disse que o casal tinha um relacionamento conturbado e que a menina não aceitava o fim do namoro. A garota já teria ameaçado Daniel Claudino anteriormente.
"Quando eles começaram a namorar, os dois tinham 17 anos. Depois de um tempo, o relacionamento se tornou um absurdo. Ela era muito possessiva. Um vivia brigando com o outro. Ela chegou a pichar o muro da pizzaria onde ele trabalhava. Chegou a brigar com a gente da família, pois não aceitava o fim do relacionamento. Daniel já estava até com outra moça, mas ela não aceitava isso", contou.
De acordo com a família, a jovem está foragida. O caso foi registrado na delegacia do Méier como tentativa de homicídio. Procurada, a Polícia Civil do Rio confirmou a ocorrência e informou "que [a delegacia] aguarda a melhora no quadro de saúde da vítima para ser ouvida pelos agentes. Os policiais realizam diligências em busca de outras testemunhas que tenham presenciado o fato".
Daniel mora com a avó no Cachambi há oito anos. O namoro com a ex começou em 2017. Ele é o mais velho de um total de quatro irmãos. Um deles morreu assassinado em 2018 quando deixou a casa da mãe para morar com o pai. O irmão foi assassinado no morro do Faz Quem Quer, em Rocha Miranda, na zona norte do Rio.
A tia de Daniel descreveu o jovem como um rapaz trabalhador. "Ele estudou na Faetec [Fundação de Apoio à Escola Técnica], comprou a moto dele, trabalha para ganhar o dinheiro dele. Tem planos de voltar a estudar, quer ter uma família. É um rapaz bonito que cuidava muito bem da namorada dele, mas não aguentava mais tantos desentendimentos."
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