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Professora britânica detida diz que Irã propôs espionagem

21/01/2020 09h37

Londres, 21 Jan 2020 (AFP) - Uma professora universitária anglo-australiana presa no Irã por espionagem rejeitou a oferta de Teerã de trabalhar para eles como espiã - conforme cartas escritas às autoridades e publicadas pela imprensa britânica nesta terça-feira (21).

Kylie Moore-Gilbert escreveu que os primeiros dez meses que passou em uma zona de isolamento da prisão de Evin, em Teerã, administrada pela Guarda Revolucionária, "prejudicaram seriamente" sua saúde mental, de acordo com trechos publicados pelos jornais "The Guardian" e "Times".

"Ainda me são negados telefonemas e visitas e tenho medo de que meu estado mental e emocional se deteriore ainda mais, se eu permanecer neste centro de detenção extremamente restritivo", acrescentou.

Professora de Estudos Islâmicos na Universidade de Melbourne, Kylie está cumprindo uma sentença de dez anos por espionagem, acusações que ela nega.

Segundo as cartas, ela também rejeitou ofertas para se tornar uma espiã do Irã.

"Por favor, aceitem esta carta como uma rejeição oficial e definitiva de sua oferta de trabalhar no ramo da Inteligência da Guarda Revolucionária", escreveu, de acordo com "The Guardian".

"Não sou espiã. Nunca fui espiã e não tenho interesse em trabalhar para uma organização de espionagem em nenhum país", frisou.

"Quando eu sair do Irã, quero ser uma mulher livre e viver uma vida livre, não à sombra de extorsões e ameaças", acrescentou.

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