Ministra libanesa do Interior condena violência em protestos
Os choques ocorreram em frente a uma das principais entradas do Parlamento. Os manifestantes, muitos mascarados, lançaram pedras, ramos de árvores e postes de sinalização contra a polícia de choque, a qual dispersou os manifestantes com canhões d'água e disparos de gás lacrimogêneo.
A ministra libanesa do Interior, Raya el-Hassan, condenou a violência popular num tuíte: "Eu sempre reafirmei o direito de protestar, mas o fato de os protestos se transformarem num ataque gritante contra as forças de segurança, contra propriedade pública e privada, é condenado e absolutamente não aceitável."
Inicialmente estava prevista uma manifestação perto do Parlamento, com vários grupos convergindo para o local, vindos de diferentes pontos da capital libanesa e arredores. No entanto a situação se deteriorou antes da chegada dos grupos.
Segundo a Cruz Vermelha, houve mais de 160 feridos, dos quais "65 foram levados para hospitais próximos, e 100 tratados no local". Estes foram os confrontos mais violentos desde o início dos protestos populares, em 17 de outubro de 2019, num país em plena crise política e econômica.
Num comunicado na rede social Twitter, as forças de segurança interna lamentaram os atos "violentos" e pediram aos "manifestantes pacíficos" para ficarem afastados do local "para sua própria segurança".
O movimento de contestação, que no fim de outubro levou à demissão do primeiro-ministro Rafic Hariri, se dirige contra uma classe política acusada de corrupção e incompetência, reclamando um governo formado por tecnocratas e personalidades independentes.
Nas noites da terça e quarta-feira, a capital libanesa já fora cenário de violência, com atos de vandalismo contra vários bancos e confrontos entre policiais e manifestantes.
AV/ lusa,afp,rtr
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