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Advogados de Trump apresentam defesa contra impeachment

18/01/2020 21h30

Os advogados de Donald Trump apresentaram neste sábado (18) sua linha de defesa três dias antes do julgamento de impeachment do presidente dos Estados Unidos, um processo que consideram inconstitucional e "perigoso".

É a primeira vez desde que a Casa Branca anunciou na sexta-feira a composição da equipe de defesa que esta apresenta seus argumentos, idênticos às antecipadas em setembro por Trump e pelos republicanos.

Em uma primeira "resposta" escrita à acusação redigida pela Câmara de Representantes, os advogados consideram que se trata de "um ataque perigoso contra o direito dos americanos a eleger livremente seu presidente", disse à imprensa uma fonte próxima à equipe de defesa.

"É uma tentativa descarada e ilegal de anular os resultados das eleições de 2016 e interferir com as eleições de 2020", acrescentam os advogados Jay Sekulox e Pat Cipoll.

O magnata republicano é acusado formalmente de ter cometido abuso de poder ao exigir que a Ucrânia investigue seu adversário político, Joe Biden, bem colocado para conseguir a indicação democrata às eleições presidenciais de novembro.

Segundo a acusação, Trump pressionou o presidente ucraniano, Volodimir Zelenski, ao condicionar um convite à Casa Branca e uma ajuda militar crucial a Kiev Pa realização destas investigações.

É responsabilizado, ainda, por ter obstruído a investigação realizada pela Câmara de Representantes.

"A ata de acusação é constitucionalmente inadmissível" e "não implica nenhum delito ou violação da lei", disseram os dois advogados.

A resposta dos dois defensores de Trump aborda também o fundo do caso.

Alegam que o presidente se reuniu com o colega ucraniano em setembro na ONU e que a ajuda militar foi desbloqueada.

Os advogados concluem que não houve nenhuma imposição a Kiev por parte de Trump.

A equipe de defesa de Trump será chefiado por Cipollone, um advogado da Casa Branca, anunciou a Presidência na sexta-feira. Será assistido por Sekulow, advogado pessoal do mandatário.

Segundo outra fonte que também apresentou a resposta da Casa Branca, a acusação "viola a Constituição" porque surge de uma investigação dos democratas "que privou o presidente de seus direitos".

Este procedimento de "julgamento político" corre o risco de provocar "danos duradouros às instituições", advertiu.

A equipe de defesa de Trump será liderado por Pat Cipollone, um advogado da Casa Branca, anunciou a presidência na sexta-feira. Será assistido por Jay Sekulow, advogado pessoal do mandatário.

Também vão se somar à equipe o ex-promotor Kenneth Starr, central no julgamento do impeachment do ex-presidente Bill Clinton, e o constitucionalista Alan Dershowitz, um dos advogados de O.J. Simpson.

Os democratas da Câmara dos Representantes apresentaram seus argumentos ao Senado no sábado antes da abertura dos debates da próxima terça-feira.

Abordam os alimentos principais da acusação que votaram no fim do ano passado e destacam que o comportamento de Trump teria sido "o pior pesadelo" dos mentores da Constituição americana.

Pedem neste sentido ao Senado que "elimine a ameaça que o presidente representa para a segurança nacional dos Estados Unidos".

"O caso contra o presidente dos Estados Unidos é simples, os fatos são indiscutíveis e a evidência, assustadora", escrevem os legisladores democratas eleitos que vão dirigir as alegações contra Trump.

O julgamento contra o presidente começou formalmente na quinta-feira com a tomada de posse dos senadores que juraram ser imparciais. Chegará ao centro na terça-feira, com um primeiro confronto entre as partes.

Trump é o terceiro presidente dos Estados Unidos a ser submetido a um julgamento de impeachment.

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