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Presidiário pede a guarda para carregar celular e é condenado a 12 anos

Wilie Nash foi condenado por possuir um celular dentro da cadeia nos EUA - Mississippi Department of Corrections
Wilie Nash foi condenado por possuir um celular dentro da cadeia nos EUA Imagem: Mississippi Department of Corrections
do UOL

Do UOL, em São Paulo

17/01/2020 20h37

Um homem que está preso em Mississippi, nos Estados Unidos, acusado de contravenção, pediu a um guarda que carregasse a bateria de seu celular. Ele, então, foi condenado a 12 anos de prisão por possuir um celular dentro da cadeia.

Wilie Nash, de 39 anos, foi preso na prisão do condado de Newton em 2018. De acordo com documentos obtidos pela emissora NBC, o homem entregou o celular ao guarda e pediu para que ele carregasse o aparelho. O guarda pegou o telefone e o entregou ao delegado.

Quando foi questionado sobre o celular, Nash, inicialmente, negou ser o dono do aparelho, mas depois deu a senha para que o delegado desbloqueasse o celular. O homem usava o celular para mandar mensagens para sua esposa.

As leis do Mississippi preveem pena de 3 a 15 anos por ter um telefone na prisão. Um júri considerou Nash culpado por violar a lei do celular e, em agosto de 2018, ele foi condenado a 12 anos de prisão. O juiz ainda disse ao homem que ele deveria se considerar sortudo porque, dadas as condenações anteriores, ele poderia ter recebido a sentença máxima de 15 anos.

Nash não recorreu, mas contestou a sentença, dizendo que ela era "desproporcional ao crime" e violava a Oitava Emenda da Constituição americana, que proíbe punições cruéis e incomuns.

A decisão causou polêmica. Uma juíza escreveu um texto dizendo que, embora concordasse que o tribunal foi correto nos termos da lei, o caso de Nash demonstrou uma "falha de nosso sistema de justiça criminal em vários níveis".

De acordo com a juíza Leslie D. King, um policial testemunhou no caso de Nash e afirmou que todos os presos são revistados, mas o homem "entrou na prisão com um grande smartphone que provavelmente seria impossível de esconder durante uma revista íntima". Por fim, King argumentou que, como o crime não teve vítimas, o tribunal poderia ter condenado Nash a reabilitação.

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