Projeto 'Comprova' verifica 77 publicações; 41% eram enganosas
Um dos estudos de caso contou a história de um suposto diamante gigante que teria sido contrabandeado por uma ONG da Amazônia para a França. Para desbancar a mentira, jornalistas do Estadão e da agência AFP procuraram por uma semana pelos garimpeiros baianos que acharam a pedra - um cristal, não um diamante.
O editor-chefe do Comprova, Sérgio Lüdtke destacou o rigor com que os jornalistas do projeto apuraram as informações. "Tivemos a obsessão de encontrar a fonte original, a primeira pessoa que compartilhou o conteúdo. Também trouxemos informações de contexto, que tornaram as verificações mais complexas", afirmou.
Um dos principais motes da coalizão foi a transparência, segundo o jornalista: "Dividimos com o público tudo que obtivemos em nossas investigações".
Desde julho, os jornalistas do Comprova se debruçaram sobre 77 publicações que viralizaram nas redes sociais. A maior parte (41%) foi considerada enganosa - por exemplo, fotos e vídeos retirados de seu contexto original com o intuito de enganar. Outros 38% foram marcados como falsos - mentiras inventadas, espalhadas de forma deliberada. O Estado de S. Paulo foi o veículo da coalizão que mais produziu checagens: 32 ao todo. Segundo Lüdtke, boatos seguiram temas mais quentes da política nacional, como meio ambiente e educação.
A coalizão do Comprova foi montada pela primeira vez em 2018, por iniciativa da organização internacional First Draft e sob a coordenação da Abraji (Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo). Neste ano, Facebook Journalism Project, WhatsApp e Google News Initiative patrocinaram o projeto.
No Comprova, equipes de diferentes veículos de imprensa se juntam para checar conteúdos virais. Concluída a investigação, representantes de outros integrantes da coalizão revisam as informações. Durante o ano passado, a iniciativa desbancou informações falsas sobre os candidatos à Presidência. Em 2020, o objetivo é que o Comprova volte à ativa para as eleições municipais. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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