Secretário da Defesa dos EUA denuncia países 'parasitas' na Otan
Washington, 14 dez 2019 (AFP) - O chefe do Pentágono, Mark Esper, defendeu nesta sexta-feira (13) os drásticos aumentos no gasto militar exigidos pelo presidente Donald Trump dos aliados dos Estados Unidos e afirmou que a OTAN não pode se dar ao luxo de ter Estados "parasitas".
"A maioria dos países vê os Estados Unidos como o melhor sócio para a segurança global, não apenas pela superioridade das nossas capacidades e equipamentos militares, mas também pelos valores que defendemos", disse o secretário a especialistas em segurança nacional do Council on Foreign Relations (CFR).
"Nossas alianças não se baseiam em transações comerciais", acrescentou. "Baseiam-se mais no respeito mútuo, em valores comuns e em uma vontade compartilhada para defendê-los", afirmou.
O presidente do CFR, Richard Haas, lembrou a ele que certos países da OTAN consideraram que a aliança com Washington estava se tornando cada vez mais "transacional", duvidando da vontade dos Estados Unidos de defendê-los em caso de ataques, se não tiverem pago o suficiente.
"Para muitos dos nossos aliados, (as relações) parecem inclusive condicionadas" aos 2% do PIB que Washington pede aos países da OTAN que dediquem à defesa, acrescentou Haass.
"Não acho que seja uma transação. É uma obrigação", disse Esper. "Os Estados Unidos gastam 3,5% de seu PIB para defender os Estados Unidos, seus aliados e sócios. Muitos países gastam muito menos de 1%" em sua defesa, indicou.
Em 2014, os aliados se comprometeram a aumentar seu gasto para 2% de seu PIB até 2024, mas apenas nove alcançaram esta meta em 2019. A Alemanha já advertiu que não poderá alcançar "a cifra antes do início da década de 2030".
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