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Perto de despedida, embaixador italiano faz balanço positivo

13/12/2019 17h32

SÃO PAULO, 13 DEZ (ANSA) - Perto de deixar o cargo, o embaixador da Itália em Brasília, Antonio Bernardini, faz um "balanço positivo" de sua gestão à frente da sede diplomática, onde está desde julho de 2016.   

Em entrevista à ANSA, Bernardini disse que, nos últimos anos, houve um aprofundamento das relações entre os dois países, apesar das mudanças políticas em ambas as nações.   

O diplomata assumiu a Embaixada em meio ao processo de impeachment contra Dilma Rousseff, sucedida por Michel Temer e depois, em 1º de janeiro de 2019, por Jair Bolsonaro.   

Já a Itália era governada por Matteo Renzi, que renunciou no fim daquele ano após sua derrota em um referendo constitucional. Seu sucessor, Paolo Gentiloni, foi primeiro-ministro até 1º de junho do ano passado, quando deu lugar a Giuseppe Conte, que já está em seu segundo governo em pouco mais de 18 meses. "O balanço que fazemos é certamente positivo. Nos últimos anos, aprofundamos as relações entre nossos países, apesar de em ambos ter havido mudanças políticas", disse Bernardini.   

O último episódio dessa aproximação foi a visita da vice-ministra italiana das Relações Exteriores, Marina Sereni, que passou por São Paulo e Brasília nesta semana.   

A agenda incluiu encontros com o vice-governador paulista, Rodrigo Garcia; o ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni; os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia, e do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli; e o secretário-geral do Itamaraty, Otávio Brandelli.   

Bernardini acrescentou que, no plano econômico, houve nos últimos anos "um aumento importante dos investimentos italianos" no Brasil, sobretudo em setores como telecomunicações, energia e infraestrutura.   

"A liberalização econômica do atual governo é positiva, e temos a perspectiva de uma melhora ainda maior quando entrar em vigor o acordo UE-Mercosul", disse.   

Meio ambiente - O diplomata também destacou que a Embaixada da Itália em Brasília, situada em um histórico edifício projetado por Pier Luigi Nervi, está "na vanguarda em matéria de sustentabilidade".   

Anfitrião de um evento nesta quinta-feira (12) que apresentou as iniciativas realizadas no prédio nos últimos anos, Bernardini citou o projeto "Embaixada Verde", iniciado em 2010 e que inclui a instalação de painéis fotovoltaicos para gerar energia e um sistema de reutilização de água.   

O encontro reuniu funcionários do Ministério da Ciência e Tecnologia, arquitetos, professores da Universidade de Brasília e diplomatas. "Já instalamos 405 painéis que fornecem 50% da energia que utilizamos. No ano que vem, colocaremos mais, para gradualmente nos aproximar da meta de gerar toda a eletricidade consumida pela Embaixada", afirmou.   

Segundo Bernardini, o meio ambiente "é um tema muito importante em nível global". "Todo mundo observa a Amazônia, com sua biodiversidade, sua riqueza, seu tamanho gigantesco e sua grande beleza. Tudo isso tem relação com o futuro do planeta, devemos reconhecer que a situação da Amazônia deu lugar a um debate complicado ante à necessidade de preservá-la", acrescentou.   

(ANSA)
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