Ex-premier de Bouteflika é eleito presidente da Argélia
O resultado foi anunciado pelo mandatário da Autoridade Nacional Eleitoral Independente (Anie), Mohamed Charfi, em uma coletiva de imprensa.
O segundo colocado foi Abdelkader Bengrina, com 17,38%, seguido por Ali Benflis (10,55%), Azzedine Mihoubi (7,26%) e Abdelaziz Belaid (6,66%). Todos os cinco concorrentes eram considerados próximos ao "Poder" ("Le Pouvoir"), grupo de militares e civis que estava por trás do regime de Abdelaziz Bouteflika (1999-2019).
A participação dos eleitores na votação foi de apenas 41,13%, a mais baixa já registrada no país, uma vez que grupos pró-democracia boicotaram o pleito. Após o anúncio do resultado, manifestantes tomaram as ruas da capital Argel para protestar.
"Estendo a mão ao movimento para um diálogo pela Argélia", disse Tebboune, que exerceu o cargo de primeiro-ministro durante pouco menos de três meses em 2017.
Bouteflika renunciou no início de abril, após semanas de manifestações populares contra seu governo, que estava no poder havia 20 anos. O então presidente se tornara alvo de protestos depois do anúncio de sua candidatura a um quinto mandato.
A renúncia, no entanto, também foi interpretada como uma tentativa do "Poder" de conter as manifestações e garantir a manutenção do regime, que já não dependia mais de Bouteflika, gravemente doente.
O ex-mandatário não faz um discurso público há mais de sete anos e sofreu dois derrames nesse período. Seu real estado de saúde ainda é cercado de mistério, e ele venceu as eleições de 2014 sem fazer campanha. (ANSA)
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