Anti-Johnson, Escócia renova pedido por independência
O mapa das eleições britânicas mostra uma avalanche do Partido Conservador, que faturou 365 assentos no Parlamento, número mais do que suficiente para aprovar o acordo do Brexit, mas a Escócia votou em peso em forças europeístas.
Os "tories" elegeram apenas seis deputados no território, sete a menos que em 2017, enquanto a nova bancada do SNP equivale a mais de 80% da representação escocesa na Câmara dos Comuns. Os outros assentos foram distribuídos entre o Democratas Liberais (LibDem), com quatro, e o Partido Trabalhista, com um.
"Aqui não se trata de pedir permissão a Boris Johnson ou a qualquer outro político em Westminster, mas sim da afirmação do direito democrático do povo da Escócia de determinar seu futuro", disse a primeira ministra escocesa, Nicola Sturgeon, nesta sexta-feira (13).
O território fez um plebiscito separatista em setembro de 2014, com placar de 55,3% a 44,7% a favor dos unionistas. Mas a aprovação do Brexit na consulta popular de 2017 reacendeu os ânimos nacionalistas na Escócia, que votou em peso (62% a 38%) pela permanência na União Europeia.
"Deixem-me ser clara: não é apenas um pedido meu ou do SNP. O que está em jogo é um direito do povo escocês", acrescentou Sturgeon, afirmando que Johnson "não tem mandato para tirar a Escócia da UE".
"Em uma Escócia independente, teremos pleno controle dos poderes necessários para construir um país mais próspero e justo, poderemos assumir nosso papel de parceiro igualitário entre nossos amigos no Reino Unido e na Europa", disse.
A tensão entre Londres e Edimburgo está destinada a crescer nas próximas semanas, mas também podem surgir turbulências com outra nação do reino: a Irlanda do Norte, que pela primeira vez elegeu mais deputados nacionalistas e republicanos (nove) do que unionistas (oito). (ANSA)
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