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Irã pede que seus cidadãos não viajem para os EUA diante de possíveis prisões

11/12/2019 10h39

Teerã, 11 dez (EFE).- O Ministério das Relações Exteriores do Irã recomendou a seus cidadãos, principalmente acadêmicos e cientistas, que evitem viajar para os Estados Unidos devido a "prisões arbitrárias" de iranianos naquele país.

A Chancelaria pediu aos iranianos que, mesmo convidados para conferências, não embarquem para os EUA, de acordo com um comunicado publicado nesta quarta-feira pela imprensa oficial do Irã, denunciando que "as desculpas políticas e regulamentos opressivos e unilaterais" de Washington com os iranianos, assim como "prisões arbitrárias" e detenções em "condições desumanas".

Esta declaração acontece poucos dias após o Irã e EUA realizarem uma troca de prisioneiros: o cientista iraniano Masoud Soleimani em troca do pesquisador americano Xiyue Wang.

Soleimani, especialista em células-tronco, foi preso no ano passado nos EUA por tentar exportar material biológico, enquanto Wang foi preso em 2016 no Irã por espionagem.

Os iranianos têm, no entanto, muita dificuldade em viajar para os Estados Unidos desde que Washington impôs, em 2017, um veto migratório aos cidadãos de vários países de maioria muçulmana, incluindo o Irã.

A tensão entre Teerã e Washington vem aumentando desde o ano passado, quando os EUA se retiraram do acordo nuclear de 2015 e impuseram novas sanções ao Irã.

Ontem, o Ministério das Relações Exteriores iraniano já havia recomendado aos seus cidadãos que adiem suas viagens para a França devido aos protestos e greves.

Esse apelo pode ser uma resposta às críticas de Paris à repressão dos protestos no mês passado, no Irã, onde, segundo a Anistia Internacional, mais de 200 manifestantes morreram. EFE

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