Trump é formalmente acusado de abuso de poder e obstrução da justiça
O presidente americano, Donald Trump, foi formalmente acusado de abuso de poder e obstrução da justiça. A oposição democrata apresentou suas conclusões contra o republicano nesta terça-feira (10). Se a Câmara votar a favor do impeachment de Trump, ele se tornará o terceiro presidente dos Estados Unidos a ser submetido a um julgamento político.
A Câmara de Representantes, controlada pelos democratas, se pronunciará na próxima semana no plenário sobre as duas acusações do processo de impeachment. Se forem aprovadas, o que é provável, o Senado, que tem maioria republicana, terá que organizar o processo, que deve ser aberto em janeiro.
O presidente Donald Trump chamou as acusações de "ridículas" e disse novamente que é vítima de uma "casa às bruxas". Segundo a porta-voz da Casa Branca, Stephanie Grisham, o presidente "espera ser absolvido porque não fez nada errado".
Ainda que seja pouco provável que Trump seja destituído, o processo pesaria em sua campanha no caso de uma tentativa de reeleição.
A presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, disse, durante discurso para anunciar as acusações, que este era um "dia solene". "Hoje, em nome da constituição de nosso país, a comissão judiciária da Câmara apresentou duas inculpações contra o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, por crimes e delitos importantes."
O presidente da comissão para Assuntos Judiciais da Câmara de Representantes, Jerrold Nadler, disse que "ninguém, nem mesmo o presidente, está acima da lei". Segundo ele, o Comitê Judiciário da Câmara se reunirá nesta semana para considerar as acusações apresentadas e espera-se que elas sejam levadas ao plenário na próxima semana.
Ajuda condicionada
Após dois meses de investigações, os democratas alegaram que Trump condicionou uma ajuda militar à Ucrânia e uma visita do presidente ucraniano Volodimir Zelenski à Casa Branca, à abertura de uma investigação de corrupção sobre o filho de Joe Biden, seu potencial oponente nas eleições de 2020.
Adam Schiff, o congressista que chefia o Comitê de Inteligência da Câmara, disse que "os contínuos abusos de poder perpetrados pelo presidente não lhes deixavam escolha". Segundo ele, "as evidências sobre o comportamento do presidente são esmagadoras e incontestáveis".
Os democratas também acusam Donald Trump de bloquear a investigação impedindo a transmissão de documentos e declarações de seus principais conselheiros, e também de intimidar possíveis testemunhas.
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