Tribunal da ONU inicia processo contra Myanmar por genocídio
A ação é fruto de uma denúncia apresentada por Gâmbia, pequeno país da África Ocidental, em nome dos 57 membros da Organização de Cooperação Islâmica.
A conselheira de Estado e ministra das Relações Exteriores Aung San Suu Kyi, líder "de facto" de Myanmar, participou da audiência e deve testemunhar nesta quarta (11) para defender os militares de seu país.
Vencedora do Nobel da Paz na década de 1990, Suu Kyi passou 16 anos em regime de prisão domiciliar, e sua chegada ao poder carregou a esperança de pacificação em Myanmar.
Em 2017, no entanto, mais de 700 mil rohingyas tiveram de fugir por causa de uma ofensiva do Exército em retaliação a ataques de rebeldes. Suu Kyi não reconhece a existência de uma limpeza étnica em seu país, cuja maioria budista considera os muçulmanos como imigrantes.
Por conta disso, passou a ser acusada por organizações de direitos humanos de fazer vista grossa para a matança de rohingyas. "Essa é uma mancha em nossa consciência coletiva. Não é apenas Myanmar que está sob processo, mas a humanidade coletiva", disse o ministro da Justiça de Gâmbia, Abubacarr Tambadou.
Segundo o Conselho para os Direitos Humanos da ONU, líderes militares tiveram "intenção genocida" na ofensiva contra a minoria muçulmana. Além disso, o organismo afirma que Suu Kyi não usou sua "posição de chefe de governo de facto nem sua autoridade moral para impedir" o massacre. (ANSA)
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