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Posse de Fernández tem Celso Amorim e líderes da esquerda regional

10/12/2019 18h23

0Buenos Aires, 10 dez (EFE).- Ministro das Relações Exteriores durante os dois mandatos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Celso Amorim foi um dos convidados especiais do novo presidente da Argentina, Alberto Fernández, na cerimônia de posse realizada nesta terça-feira em Buenos Aires.

O ex-chanceler fazia parte de um grupo composto por várias ex-lideranças da esquerda latino-americana, como o ex-presidente do Equador Rafael Correa e o ex-presidente do Uruguai José Mujica.

Os três foram convidados para participar de uma recepção organizada pelo novo governo para que Fernández pudesse cumprimentar os representantes estrangeiros que prestigiaram a posse.

Com Mujica e Correa, o peronista conversou mais longamente do que com outros convidados. Na vez de Amorim, os dois trocaram algumas palavras e riram antes de posar para os fotógrafos.

A proximidade de Fernández com figuras do petismo - o peronista chegou a visitar Lula na prisão durante a campanha eleitoral - é condenada pelo governo de Jair Bolsonaro, que apoiou explicitamente o agora ex-presidente Mauricio Macri no pleito.

As trocas de farpas entre os dois desde a campanha desgastaram as relações entre Brasil e Argentina, mas, com a proximidade da posse, Fernández e Bolsonaro têm enviado sinais de que adotarão um tom pragmático.

Depois de cogitar não ter representantes na posse de Fernández, o governo brasileiro mudou de ideia e enviou o vice-presidente, Hamilton Mourão, a Buenos Aires. O gesto foi visto com entusiasmo pela equipe que assume o comando da Casa Rosada hoje.

No discurso de posse, Fernández disse querer uma "agenda ambiciosa" com o Brasil. O presidente eleito também afirmou que deseja reconstruir os laços de irmandade entre os dois países, apesar das diferenças pessoais entre ele e Bolsonaro.

Outras figuras de esquerda que estiveram na recepção para delegações estrangeiras foram o ministro de Comunicação da Venezuela, Jorge Rodríguez, e o presidente de Cuba, Miguel Díaz-Canel.

O presidente do Chile, Sebastián Piñera, desistiu de última hora da viagem a Buenos Aires devido ao acidente com um avião da Força Aérea do país com 38 pessoas a bordo.

Já o presidente do Uruguai, Tabaré Vázquez, estava acompanhado de seu sucessor no cargo, o opositor Luis Lacalle Pou, que venceu o segundo turno das eleições realizadas no país em novembro. EFE

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