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EUA detém três por fraude em investimentos de US$ 722 milhões em bitcoins

10/12/2019 19h42

Nova York, 10 dez 2019 (AFP) - As autoridades americanas detiveram três homens por suposta fraude com criptomonedas com o qual obtiveram 722 milhões de dólares de investidores, informou nesta segunda-feira (10) o Departamento de Justiça.

"O texto da acusação descreve o uso complexo do universo das criptomonedas pelos acusados para enganar investidores pouco desconfiados", informou o procurador-geral de Nova Jersey, Craig Carpenito, em um comunicado.

Os investigadores detalharam a fraude como um "esquema de Ponzi de alta tecnologia", realizado pelo "BitClub Network", que tomava o dinheiro de investidores e os recompensava por recrutar novos participantes em um sistema piramidal.

Entre abril de 2014 e dezembro de 2019, o grupo atraiu investidores sem suspeitas, utilizando ganhos fraudulentos que supostamente provêm do grupo de mineiros da rede, segundo o comunicado.

A fraude foi orquestrada em Passaic, Nova Jersey, e constituiu um "esquema fraudulento mundial", de acordo com a acusação de Carpenito.

Em troca de mensagens com seus cúmplices, o acusado, Matthew Brent Goettsche, referiu-se aos investidores como "bobos" e disse que estava "montando todo o modelo nas costas dos idiotas", enquanto ordenava a outros que manipulassem as cifras, segundo o Departamento de Justiça.

As autoridades de justiça acusaram Goettsche e Jobadiah Sinclair Weeks, ambos do Colorado, por acusações de conspiração para cometer fraude cibernético.

Eles "são acusados de lançar mão de táticas elaboradas para atrair milhares de vítimas com promessas de grandes lucros sobre seus investimentos em um grupo de mineração de bitcoins", disse Paul Delacourt, diretor-assistente do escritório do FBI em Los Angeles.

"As acusados supostamente ganharam centenas de milhões de dólares, ao continuar recrutando novos investidores durante vários anos enquanto gastavam dinheiro das vítimas generosamente", destacou.

Os dois homens também são acusados de oferecer e vender valores não registrados, junto com o terceiro acusado, Joseph Frank Abel, da Califórnia.

Os funcionários do Departamento de Justiça disseram que outros dois acusados seguiam em liberdade e eviraram revelar suas identidades.

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