Partidos de Israel concordam com eleição em 2 de março se governo não for formado
Por Jeffrey Heller
JERUSALÉM (Reuters) - Os dois maiores partidos de Israel concordaram nesta segunda-feira com uma eleição no dia 2 de março, a menos que surja um acordo de partilha de poder de última hora, e o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, luta pela sobrevivência política em meio a um indiciamento criminal.
Um período de 21 dias durante o qual o Legislativo pode indicar um parlamentar com apoio majoritário para tentar montar uma coalizão governante termina à meia-noite local de quarta-feira, o que desencadeará a dissolução do Parlamento e uma eleição dentro de 90 dias.
Seria a terceira eleição nacional em menos de um ano. Pesquisas de opinião recentes não previram nenhuma mudança dramática no eleitorado em relação às votações inconclusivas de abril e setembro.
Nem o partido de direita Likud, de Netanyahu, nem o partido Azul e Branco, de seu maior rival, o ex-chefe militar Benny Gantz, obteve assentos suficientes no Parlamento para conseguir uma maioria governante nas duas disputas anteriores.
Os dois foram encarregados de formar uma coalizão e fracassaram, tocando a bola para o campo parlamentar. Seus partidos empacaram nas conversas sobre um governo "de união" no qual Netanyahu e Gantz se revezariam como premiê.
As duas siglas, que discordam sobre qual deles tomaria posse primeiro e por quanto tempo, anunciaram ter combinado o dia 2 de março como data para a eleição. Esta precisa da aprovação do Parlamento, mas os dois partidos o dominam, por isso sua sanção é certa.
O caos político e uma investigação de corrupção de longa data ameaçam a permanência de Netanyahu, no poder há uma década. Ele é acusado de suborno, violação da confiança e fraude.
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