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Exportações chinesas registram queda em novembro em plena guerra comercial com EUA

08/12/2019 15h33

As exportações da China registraram queda no mês de novembro, pelo quarto mês consecutivo, por conta da guerra comercial com os Estados Unidos e a expectativa de obtenção de um acordo bilateral.

 

O excedente chinês em relação aos Estados Unidos teve uma queda significativa (-6,9%), passando de US$ 26,42 bilhões para US$ 24,61 bilhões em um mês, de acordo com números divulgados pelas autoridades chinesas neste domingo (8). A notícia deve agradar o presidente americano, Donald Trump, que iniciou uma guerra comercial com Pequim em 2018, baseada na imposição de tarifas. O presidente americano afirma que seu objetivo é, principalmente, reequilibrar o comércio bilateral.

As vendas da China no exterior em geral retrocederam 1,1% no mês passado em um ano, após um recuo de 0,9% em outubro, em um contexto de menor demanda mundial. As importações chinesas passaram, por sua vez, para o outro lado da balança (+0,3%) após seis longos meses de queda. Também aqui, os analistas esperavam a tendência contrária, prevendo um recuo de 1,4%.

"Estes números são um pouco surpreendentes", comentou Zhou Hao, economista do Commerzbank em Singapura, citado pela Bloomberg."A situação ainda pode melhorar em relação às importações de dezembro, devido a uma base comparativa favorável com o ano anterior. Em geral, porém, não há uma melhora significativa à vista", acrescentou.

EUA e China buscam acordo preliminar

Os números são divulgados no momento em que as duas principais economias do mundo buscam um acordo preliminar que encerre a disputa comercial. Entre as mercadorias afetadas, estão celulares e roupas esportivas. Apesar das recentes tensões diplomáticas bilaterais, devido à política chinesa em Hong Kong e em Xinjiang, o porta-voz do Ministério chinês do Comércio, Gao Fengo, declarou na última quinta-feira que "as equipes de negociação continuam em estreito contato".

Neste contexto de incerteza, centenas de lideranças políticas, economistas e presidentes de bancos centrais se reúnem em Pequim, nos próximos dias, para um grande encontro anual. Na reunião, deve-se estabelecer metas de crescimento para 2020, assim como sobre política monetária e fiscal.

(Com informações da AFP)

 

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