Do gótico ao Renascimento, a história do Batistério
O resultado? Três obras-primas em ouro e bronze, feitas não em sequência, como se queria, mas ao longo de mais de um século, passando do gótico do primeiro portal, de Andrea Pisano, ao Renascimento dos outros dois, ambos de Lorenzo Ghiberti, que dedicou sua vida a eles.
Ghiberti tinha 23 anos em 1401, quando venceu - batendo inclusive Brunelleschi - o concurso para fazer a primeira das duas. A segunda foi concluída apenas quando ele tinha 70 anos, a extraordinária porta "Paradiso", na qual colaboraram Donatello, Michelozzo, Benozzo Gozzoli e Paolo Uccello.
A porta Sul, mais antiga de todas, foi feita por Andrea Pisano entre 1330 e 1336 e tem cerca de oito toneladas, 4,94m de altura e 2,95m de largura. O cuidado com os detalhes das partes escultóricas douradas dos 28 painéis, dos quais 20 contam episódios da vida de São João Batista, padroeiro do Batistério e de Florença, causa encantamento até hoje.
A construção da segunda, a Norte, foi iniciada apenas em 1402. O portal tem cinco metros de altura, três de largura e nove toneladas de peso e foi concluído por Ghiberti em 1424. É considerada a obra que abre a era do Renascimento. Ghiberti retomou o esquema da porta Sul, mas seu estilo, em 20 anos de trabalho, evoluiu do gótico das primeiras cenas para o caráter renascentista das últimas.
O projeto mudou radicalmente com a porta Paradiso, que ocuparia Ghiberti por 27 anos: o artista eliminou os trevos de quatro folhas e reduziu para 10 o número de painéis, que representam diversos episódios do Antigo Testamento, além de frisos compostos por 48 elementos, incluindo até seu autorretrato.
(ANSA)
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