Câmara dos Representantes avança com acusação para destituir Trump
A Câmara dos Representantes dos Estados Unidos (equivalente à Câmara dos Deputados no Brasil) irá redigir artigos de acusação para o processo de destituição do Presidente Donald Trump. O anúncio foi feito esta quinta-feira (5) por Nancy Pelosi, presidente da Câmara dos Representantes, que deixou claro que "na América ninguém está acima da lei".
"As ações do Presidente violaram seriamente a Constituição", frisou Pelosi. "Hoje, peço ao presidente [do Comitê Judiciário] que avance com os artigos para o impeachment".
"Os fatos são incontestáveis. O presidente Trump abusou do poder para o seu próprio benefício político à custa da nossa segurança nacional, ao condicionar o apoio militar e uma reunião na Sala Oval à troca de uma investigação ao seu rival político", salientou, referindo-se a Joe Biden.
Os artigos de acusação para o impeachment representam um passo importante neste processo, uma vez que um presidente não pode ser destituído até que a Câmara dos Representantes os aprove.
O Comitê Judiciário da Câmara do Represenantes é o responsável por redigir os artigos, sendo que cada um destes corresponde a uma acusação. Os artigos serão, depois, votados separadamente.
No caso de Donald Trump, os Democratas vão redigir artigos para as acusações de abuso de poder, suborno e obstrução de Justiça.
Os artigos, redigidos por Pelosi, Jerry Nadler, presidente do comitê judiciário, e Adam Schiff, presidente do Comitê de Inteligência, poderão ser votados já nas próximas semanas e o seu conteúdo deverá permanecer secreto até que a decisão da votação seja revelada.
Caso uma maioria simples na Câmara dos Representantes vote a favor dos artigos para a destituição, o caso passará para o Senado.
Donald Trump pede "julgamento justo"
Momentos antes do anúncio de Pelosi, o presidente norte-americano avisou os democratas de que devem apressar-se a destituí-lo.
"Se vão avançar com o impeachment, façam-no agora, depressa, para que possamos ter um julgamento justo no Senado, e para que o nosso país possa voltar a focar no que importa", declarou Trump.
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