ONU se une contra armas químicas
Nações Unidas, Estados Unidos, 22 Nov 2019 (AFP) - Os 15 membros do Conselho de Segurança da ONU aprovaram nesta sexta-feira uma declaração sobre a proibição do uso de armas químicas, alcançando um consenso minado por muito tempo pela guerra na Síria e pelos casos Skripal na Inglaterra e Kim Jong-Nam na Malásia.
"O Conselho reafirma que o uso de armas químicas é uma violação do direito internacional e condena, nos termos mais fortes, o uso de armas químicas", destaca a declaração adotada por unanimidade por iniciativa do Reino Unido.
"O uso de armas químicas em qualquer lugar, a qualquer momento, por qualquer pessoa, em qualquer circunstância, é inaceitável e representa uma ameaça à paz e à segurança internacionais. O Conselho acredita firmemente que os responsáveis pelo uso dessas armas devem prestar contas", diz o comunicado.
Em fevereiro de 2017, o agente neurotóxico VX foi encontrado no corpo de Kim Jong-Nam, meio-irmão do líder norte-coreano, Kim Jong Un, morto em Kuala Lumpur.
No entanto, o caso que mais dividiu a ONU ocorreu pouco mais de um ano depois, em março de 2018, e opôs o Reino Unido à Rússia após o envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal e sua filha Yulia em Salisbury, Inglaterra, com o Novitchok neurotóxico.
Nos últimos anos, os países ocidentais se opuseram repetidamente à Rússia no Conselho de Segurança em relação ao uso de armas químicas na Síria.
Em sua declaração, o Conselho de Segurança "exorta todos os Estados que ainda não o fizeram a integrar" a Convenção sobre a proibição de implementação, fabricação, armazenamento e uso de armas químicas e sua destruição, assinada em 1993 e em vigor desde 1997.
Israel o assinou, mas não o ratificou, enquanto a Coreia do Norte, o Egito e o Sudão do Sul não fazem parte.
prh/dg/rsr/cc
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