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Dólar sobe ante rivais, com dados positivos nos EUA e acordo comercial no radar

Iander Porcella

São Paulo

22/11/2019 18h52

O dólar subiu ante moedas rivais nesta sexta-feira, em meio a dados positivos da economia dos Estados Unidos divulgados hoje e com sinais sobre os desdobramentos da guerra comercial sino-americana no radar.

Próximo ao horário de fechamento da bolsas de Nova York, o dólar operava estável a 108,64 ienes e avançava a 0,9977 francos suíços, enquanto o euro caía a US$ 1,1024 e a libra recuava a US$ 1,2838. O índice DXY, que mede a variação do dólar ante uma cesta de seis rivais fortes, terminou o dia em alta de 0,28%, a 98,270 pontos, com avanço semanal de 0,27%.

O índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) composto dos EUA avançou de 50,9 em outubro para 51,9 na leitura preliminar de novembro, de acordo com dados da IHS Markit. Os PMIs industrial e de serviços também registraram alta. Já o índice de sentimento do consumidor nos Estados Unidos elaborado pela Universidade de Michigan subiu de 95,5 no mês passado para 96,8 na leitura final deste mês.

Ao mesmo tempo em que indicadores da economia americana ajudaram o dólar a se fortalecer, dados do Reino Unido e do bloco comum europeu pesaram negativamente sobre a libra e o euro. O PMI composto da zona do euro caiu de 50,6 em outubro para 50,3 em novembro, e o mesmo indicador do Reino Unido caiu de 50,0 no mês passado para 48,5 neste mês, o menor nível em 40 meses.

As informações sobre a guerra comercial, por sua vez, continuam desencontradas. Pela manhã, o presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou em entrevista à Fox News que um entendimento entre americanos e chineses para a assinatura da chamada "fase 1" do acordo comercial entre os dois países está "muito perto". Trump, no entanto, voltou a dizer que a China "tira vantagem" dos EUA há anos.

Já o líder chinês, Xi Jinping, disse nesta madrugada que mantém uma "atitude positiva" sobre as negociações, mas ameaçou retaliar os EUA caso a disputa se prolongue.

"A alta no dólar não deveria surpreender ninguém, pois ocorre na esteira de uma ata do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC, em inglês) menos dovish", avalia a analista do BK Asset Management, Kathy Lien, em referência ao documento divulgado na quarta-feira.

Ante divisas emergentes, o dólar recuava a 59,8035 pesos mexicanos e a 19,3846 pesos mexicanos, no fim da tarde em Nova York, mas avançava a 14,7325 rands sul-africanos.

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