Suprema Corte da Itália aprova referendo pedido por Salvini
A convocação da consulta popular é pedida pelas assembleias legislativas de oito regiões governadas pela coalizão de direita, liderada pelo ex-ministro do Interior Matteo Salvini (Liga): Abruzzo, Basilicata, Friuli Veneza Giulia, Ligúria, Lombardia, Piemonte, Sardenha e Vêneto.
O objetivo da Liga é trocar o sistema proporcional por um modelo majoritário que dê o governo ao partido mais votado, independentemente do percentual. Segundo as últimas pesquisas, a legenda de Salvini venceria a disputa em eventuais eleições antecipadas, mas com 30% a 35% dos votos, número insuficiente para lhe garantir maioria no Parlamento.
Com um sistema majoritário, o ex-ministro do Interior poderia alcançar plenos poderes para governar, algo que ele não tinha na aliança de ocasião com o populista Movimento 5 Estrelas (M5S).
Para se convocar um referendo nacional na Itália, exige-se um pedido formal de pelo menos cinco regiões, e o plano da Liga é fazer a votação na próxima primavera europeia. A solicitação de consulta popular ainda precisa do aval da Corte Constitucional.
Salvini tentou derrubar o primeiro-ministro Giuseppe Conte em agosto passado, mas o surgimento de uma improvável coalizão entre o M5S e o Partido Democrático (PD), de centro-esquerda, evitou eleições antecipadas.
As duas siglas, no entanto, têm diferenças profundas em temas que vão de economia a migração, e não são poucos na Itália os que apostam que o segundo governo Conte terá vida curta. (ANSA)
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