Prendem nos EUA ex-presidente da Braskem por pagamento de subornos
Nova York, 20 Nov 2019 (AFP) - O ex-presidente da petroquímica brasileira Braskem, José Carlos Grubisich, foi preso nesta quarta-feira em Nova York acusado de delitos de pagamento de subornos, corrupção e lavagem de dinheiro, informou a promotoria do Brooklyn.
Grubisich, de 62 anos, foi detido no aeroporto John F. Kennedy após aterrissar em um voo que partiu de São Paulo.
O executivo foi indiciado devido a "sua participação em um esquema maciço de pagamento de subornos e lavagem de dinheiro, que envolveu o desvio de aproximadamente US$ 250 milhões dos fundos da Braskem para um fundo secreto, registrando falsamente esses fundos desviados nos livros e registros da empresa", escreveram nesta quarta-feira os promotores do distrito leste de Nova York ao juiz federal Roann Mann.
Ele também foi acusado "de usar em parte este fundo para pagar subornos a funcionários do governo, partidos políticos e a outros no Brasil para obter e reter contratos e outras vantagens empresariais" em violação das leis americanas.
A promotoria pediu ao juiz que Grubisich permaneça detido devido à seriedade de seus delitos e para impedir sua fuga, já que é um cidadão brasileiro e o Brasil não extradita seus cidadãos.
A Odebrecht tem 38,3% do capital da Braskem, e a Petrobras controla 36,1% da empresa.
Entre 2002 e 2014, Grubisich junto com a Braskem, a Odebrecht, funcionários de ambas as companhias e outros conspiradores participaram nesse maciço esquema de corrupção que pagou milhões de dólares em multas a políticos e a partidos no Brasil.
Durante o período em que foi presidente da Braskem, de 2002 a 2008, Grubisich acordou com outras pessoas falsificar as contas da empresa para esconder o esquema e assinou certificações falsas entregues à SEC, a agência americana que regula os mercados de valores e financeiros, segundo a acusação.
lbc/dga/db
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