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Cristina Kirchner deve prestar depoimento por suposta corrupção em dezembro

A data é antes da posse de Kirchner como vice-presidenta - AFP
A data é antes da posse de Kirchner como vice-presidenta Imagem: AFP

20/11/2019 18h01

O tribunal que julga Cristina Kirchner por suposta corrupção marcou para o dia 2 de dezembro o depoimento da vice-presidente eleita da Argentina como parte do processo iniciado em maio por supostas irregularidades na concessão de obras públicas durante o mandato como presidente, de 2007 a 2015.

A data prevista pelo Tribunal Oral Criminal Federal 2 de Buenos Aires para o depoimento, segundo fontes jurídicas, será oito dias antes da posse de Cristina como vice-presidente do país. No entanto, essa data ainda dependerá da duração dos depoimentos de outros envolvidos já previstos para 25 de novembro.

O julgamento, o primeiro que a ex-presidente enfrenta por vários casos de suposta corrupção, começou em 21 de maio. Cristina esteve ausente de várias sessões com permissão do tribunal, principalmente alegando que as datas coincidiram com o trabalho como senadora.

Nos últimos meses, a ex-mandatária - sobre a qual há vários mandados de prisão que não podem executados por conta da imunidade - alternou as atividades de campanha para as eleições de 27 de outubro - nas quais venceu ao lado do peronista Alberto Fernández, candidato a presidente - com viagens para visitar a filha Florencia, que recebe tratamento médico em Cuba.

O julgamento investiga o suposto direcionamento da concessão de obras públicas na província de Santa Cruz, onde Kirchner nasceu e desenvolveu grande parte da carreira política, a favor de empresas de Lázaro Báez, ex-colaborador e amigo do ex-presidente Néstor Kirchner.

Segundo a acusação, nos 12 anos de mandato de Néstor Kirchner e de sua esposa, Báez recebeu mais de 50 obras, 80% do total, muitas delas inacabadas, superfaturadas ou desnecessárias.

Ao mesmo tempo, em outros casos já é investigada a possível devolução desses supostos superfaturamentos ao casal através do aluguel de imóveis dos Kirchner ao próprio Báez.

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