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Irã acusa EUA de incentivarem tumultos querendo abalar a segurança do país

18/11/2019 12h00

Teerã, 18 nov (EFE).- As autoridades do Irã acusaram nesta segunda-feira os Estados Unidos de incentivarem protestos e motins pelo aumento do preço da gasolina, com o principal objetivo de minar a segurança do país persa.

Durante uma sessão do Parlamento, o presidente da Câmara, Ali Larijani, garantiu que os EUA "não obterão nenhum resultado instigando distúrbios e sabotagens no Irã".

"O objetivo dos Estados Unidos contra o Irã não é outro senão perturbar sua segurança e incendiar os interesses da nação iraniana", denunciou Larijani.

Esse suposto apoio de Washington aos manifestantes é, em sua opinião, um "comportamento vergonhoso e oportunista", levando em consideração as sanções econômicas impostas ao Irã, que só busca desestabilizar o país.

Ontem, a Casa Branca disse através de um comunicado que os "Estados Unidos apoiam o povo iraniano em seus protestos pacíficos contra o regime", enquanto condenam o uso da força letal contra os manifestantes.

Nos protestos que tiveram início na última sexta-feira e que parecem estar perdendo força, foram registrados tumultos violentos em diversas cidades do país, com bloqueios nas estradas, incêndios em agências bancárias e tentativa de ataques à delegacias e postos de combustível.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Abbas Mousavi, também criticou a permanência americana nos assuntos do Irã.

Além disso, as autoridades iranianas afirmaram que não permitirão que o caos domine o país e que continuarão com a polêmica decisão de racionar a gasolina e reajustar seu preço, que subiu pelo menos 50%.

De acordo com as novas medidas, cada motorista pode comprar 60 litros de gasolina por mês a 15 mil rials (cerca de R$ 1,49 em troca gratuita), em vez de 10 mil rials, e cada litro adicional custa 30 mil rials (R$ 2,98).

Devido ao descontentamento popular e protestos generalizados, as autoridades bloquearam o acesso à internet na noite de sexta-feira para dificultar a organização dos atos. EFE

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