Polícia mantém cercada igreja onde mulheres fazem greve de fome na Nicarágua
Manágua, 17 nov (EFE).- A polícia da Nicarágua mantém cercada neste domingo a igreja de San Miguel Arcángel, localizada na cidade de Masaya, onde dez mães que defendem a liberdade para os filhos que alegam serem "presos políticos" estão em greve de fome desde a última quinta-feira.
Segundo o cardeal Leopoldo Brenes, arcebispo de Manágua, a segurança no local foi reforçada, é proibida a entrada de qualquer pessoa no templo católico, e as autoridades mantiveram o fornecimento de água e energia elétrica cortados.
"Estamos fazendo o possível, porque não se pode mais entrar", afirmou Brenes, em entrevista coletiva, em que lembro que as mulheres estão sem acesso a água e medicamentos.
O cardeal afirmou que o papa Francisco fez um apelo para que as reivincidações das dez mães sejam escutadas. O arcebispo da capital da Nicarágua ainda pediu que os serviços de luz e água fossem reestabelecidos.
As mulheres estão sendo acompanhadas apenas pelo padre Edwin Román, pároco da igreja, e pela advogada Yonarqui Martínez, conhecida no país por defender presos políticos. Nem mesmo a imprensa pode se aproximar do local do ato.
Na noite de quinta-feira, 13 jovens que furaram o cerco e levaram água para dentro do templo católico foram detidos pela polícia e levados para a penitenciária El Chipote, em Manágua, que é apontada pela oposição ao presidente Daniel Ortega como local de torturas.
As mulheres que estão na igreja são mães de presos desde o início da crise política nicaraguense, em abril de 2018. Organizações locais apontam para 651 detidos, enquanto o governo fala em 200 pessoas, a quem acusa de participar de um golpe de Estado. EFE
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