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Ex-assessor reforça tese de troca de favores de Trump e Kiev

17/11/2019 14h12

NOVA YORK, 17 NOV (ANSA) - Um ex-funcionário da Casa Branca disse ao Congresso que a Ucrânia sabia que uma ajuda militar dos Estados Unidos ficaria suspensa até que o país anunciasse a abertura de uma investigação contra a empresa que tinha o filho de Joe Biden como conselheiro.   

Tim Morrison, ex-funcionário do Conselho de Segurança Nacional do governo, prestou depoimento na Câmara dos Representantes em 31 de outubro, no âmbito do inquérito de impeachment contra o presidente Donald Trump.   

Segundo a transcrição da audiência, divulgada neste sábado (16), Morrison revelou que o embaixador dos EUA na União Europeia, Gordon Sondland, havia lhe dito que a ajuda militar de quase US$ 400 milhões estava condicionada ao inquérito contra a empresa de energia Burisma.   

A companhia tinha Hunter Biden, filho do pré-candidato à Presidência Joe Biden, como conselheiro. Em 2016, quando era vice de Barack Obama, o democrata fez pressão para a Ucrânia demitir um procurador-geral que investigava a Burisma, mas que era considerado corrupto pelos EUA e pela UE.   

Três anos depois, em julho de 2019, Trump pediu para o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, apurar o caso, motivando a abertura do inquérito de impeachment.   

A Câmara, dominada pela oposição democrata, investiga se o magnata condicionou a ajuda militar a um inquérito contra Biden, o que configuraria suborno e uma interferência estrangeira no processo eleitoral dos EUA. Biden é o favorito para obter a indicação do Partido Democrata para a eleição presidencial de 2020.   

Embaixador - Em sua audiência na Câmara, Morrison também disse que Sondland havia afirmado que agia sob ordens de Trump.   

O embaixador é peça central na investigação de impeachment e, recentemente, admitiu que o governo "provavelmente" congelaria a ajuda militar se Zelensky não anunciasse publicamente uma investigação contra Biden.   

O advogado de Trump, Rudolph Giuliani, disse que Morrison mostrou desconhecer "até as fofocas" e chamou o processo de impeachment de "farsa". (ANSA)
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