Topo
Notícias

Príncipe Andrew não se lembra da mulher que o acusa de agressão sexual no caso Epstein

16/11/2019 16h19

Acusado no escândalo envolvendo o bilionário americano Jeffrey Epstein, o príncipe Andrew afirmou em uma entrevista difundida neste sábado (16) que não tem se lembra de ter conhecido a mulher que o denunciou por agressão sexual. O segundo filho homem da rainha Elizabeth II lamenta esta suspeita que paira sobre a família real britânica.

A entrevista foi ao ar no programa Newsnight da BBC Two. "Não me lembro de ter encontrado alguma vez esta mulher", declarou Andrew Albert a respeito de Virginia Roberts Giuffre. Uma das testemunhas do caso Epstein, ela afirmou que foi forçada a ter relações sexuais com o príncipe em Londres em 2001, quando tinha apenas 17 anos. Segundo seu depoimento, ela voltou a encontrá-lo em duas outras ocasiões, em Nova York e na ilha particular do falecido bilionário americano no Caribe.

No entanto, uma fotografia da época mostra o príncipe e a jovem lado a lado. A imagem foi amplamente divulgada pelos meios de comunicação. Ao fundo da foto, aparece Ghislaine Maxwell, filha do magnata Robert Maxwell. Várias vítimas de Epstein afirmaram que foram "recrutadas" por esta amiga do príncipe, o que ela sempre negou.

"O príncipe sabe exatamente o que fez e espero que seja honesto", declarou Virginia Roberts, hoje casada, à imprensa após uma audiência no fim de agosto em Nova York. Ela foi uma das 15 testemunhas a prestar depoimento à justiça, antes do arquivamento do caso contra Jeffrey Epstein. O processo contra o investidor foi arquivado depois de seu suicídio dentro de um presídio nos EUA, onde aguardava seu julgamento.

Arrependimento

Na entrevista à BBC, o príncipe Andrew afirmou que se arrepende todos os dias de ter mantido a relação com Epstein após a libertação do americano em 2010. O investidor já havia sido condenado à prisão em 2008, por ter forçado jovens à prostituição na Flórida.

No início de julho de 2019, foi acusado por tráfico sexual e abuso de menores de idade e novamente detido. Ele teria organizado, durante anos, uma rede de dezenas de jovens sob seu controle, com as quais mantinha relações sexuais em várias propriedades, principalmente em Manhattan e na Flórida.

O bilionário, de 66 anos, foi encontrado morto no dia 10 de agosto em sua cela em uma prisão de Nova York. A autópsia confirmou suicídio por enforcamento.

O Palácio Bukingham negou em várias ocasiões qualquer comportamento inapropriado do príncipe. Questionado pela imprensa britânica, Andrew, de 59 anos, afirmou no fim de agosto que nunca viu ou suspeitou de abusos sexuais por parte de Epstein. Sua ex-esposa Sarah Ferguson, mãe de seus dois filhos, o apoia. Pelo Twitter, ela disse que o príncipe "é um verdadeiro cavalheiro", e destacou seu "senso de dever" e "amabilidade".

O escândalo sexual também é investigado na França, onde a polícia tem interesse no papel desempenhado pelo agente de modelos Jean-Luc Brunel, um amigo de Epstein, acusado de estupro por várias ex-manequins.

Notícias