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Dois mortos e três feridos em tiroteo numa escola nos EUA, um suspeito é detido

14/11/2019 21h28

Santa Clarita, Estados Unidos, 15 Nov 2019 (AFP) - Um adolescente matou dois colegas de classe e feriu outros três numa escola no norte de Los Angeles, nesta quinta-feira (14), no dia de seu aniversário de 16 anos, sendo preso quando recebia atendimento médico.

Das cinco vítimas, todos alunos da escola secundária Saugus, da cidade de Santa Clarita, quatro foram levadas para um hospital em "estado crítico", mas duas, uma garota de 16 anos e um garoto de 14, não resistiram aos ferimentos e faleceram.

Os três que ainda estão internados, um garoto e duas garotas, têm 14 e 15 anos.

O suspeito, um jovem de 16 anos de origem asiática, havia fugido após fazer os disparos no centro de ensino, que conta com cerca de 2.400 alunos. Ele foi localizado pela polícia cerca de uma hora depois entre os feridos levados para o hospital.

"Prendemos o suspeito que está sendo atendido num hospital local, um estudante de 16 anos" asiático, disse o xerife do condado de Los Angeles, Alex Villanueva à rede de TV CBS.

Testemunhas e vídeos de câmeras de vigilância permitiram identificar o suspeito, que estava de fato "entre as primeiras pessoas que foram levadas para hospitais locais", acrescentou o xerife.

O policial não deu mais informações sobre sua condição de saúde ou o tipo de ferimentos que sofreu, mas disse que é possível que o adolescente tenha tentado o suicídio após o ataque. "Nenhum policial é responsável (pelos ferimentos do suspeito)... Parece que foi ele mesmo (que se feriu)", destacou Villanueva.

Antes do anúncio da prisão, a imprensa local divulgou que o jovem atacante havia cometido suicídio, citando fontes policiais. Ele foi procurado por um grande número de policiais destacados na área residencial próxima e nas colinas próximas da escola Saugus.

- Estudantes retidos -A polícia local pediu aos moradores da área para ficar em casa e manter as portas fechadas até novo aviso.

O campus da escola secundária, onde centenas de estudantes permaneceram no local enquanto aguardavam instruções das autoridades, foi minuciosamente inspecionado pela polícia por quase uma hora para descartar outras ameaças

A tragédia ocorreu por volta de 07h40 (hora local), quando muitos estudantes já haviam entrado na escola e outros estavam chegando

Este foi o caso de Denzel Abesamis,aluno do último ano, que viu seus colegas fugindo quando estava chegando de carro.

Abesamis disse ao jornal Los Angeles Times que estava chegando ao campus quando viu seus colegas fugindo do local. Ele conseguiu falar com um amigo que estava escondido em uma sala com outros cinco estudantes.

"Sempre me preocupei que algo assim ocorresse", afirmou, garantindo que a escola foi fechada devido a uma ameaça alguns anos antes. "A Saugus enfatizou a importância de ser sempre cauteloso diante de qualquer coisa que possa acontecer como um atirador ativo".

"Eu não vi meu filho, mas conversei com ele, e está tudo bem", disse a mãe de uma aluna do terceiro ano que estava esperando com muitos outros pais perto de uma igreja próxima. "Tudo o que ele disse foi que estava entrando na aula quando alguém começou a atirar", explicou a um canal local.

Os estudantes e funcionários de outros estabelecimentos de ensino localizados nos arredores foram confinados como medida de segurança, como é habitual nos Estados Unidos, onde essas tragédias são frequentes.

Os Estados Unidos foram cenário nos últimos anos de vários ataques a tiros em escolas que comoveram a opinião pública e impulsionaram o debate sobre a venda de armas de fogo.

Ironicamente, a tragédia ocorre quando o Senado americano debate um possível endureciminto da legislação sobre armas.

"Como podemos olhar para o outro lado?" Como podemos nos recusar a ver que esse tiroteio, que está acontecendo agora, exige que ajamos?", disse o senador democrata Richard Blumenthal.

A senadora da Califórnia Kamala Harris, candidata democrata para as eleições de 2020, disse que estava "arrasada e rezando por Santa Clarita".

"Nossas crianças e comunidades estão sendo aterrorizadas. Não podemos aceitar isso", tuitou.

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