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Crise global de pensões sinaliza déficit de US$ 15,8 tri em 2050

Richard Miller

14/11/2019 13h55

(Bloomberg) -- Os Estados Unidos, China e outras economias líderes enfrentam um enorme déficit de financiamento, estimado em US$ 15,8 trilhões em 2050, necessário para garantir apoio financeiro vitalício à população que envelhece.

É o que diz um relatório coordenado pelo ex-presidente da Autoridade de Serviços Financeiros do Reino Unido, Adair Turner, para o prestigioso Grupo dos 30, formado por ex-autoridades responsáveis por políticas públicas e outros ainda na ativa.

"Se as políticas públicas e os comportamentos individuais não mudarem, os sistemas de pensão de muitos países enfrentarão uma grave crise, ameaçando pressões de gastos públicos inacessíveis ou renda inadequada para aposentados", disse Turner em comunicado.

O déficit estimado de US$ 15,8 trilhões é ajustado pela inflação, de modo que o valor nominal real em dólares em 2050 será substancialmente maior, equivalente a 23% do PIB global naquele ano, segundo o relatório de 75 páginas.

O G-30, que inclui o presidente do Banco da Inglaterra, Mark Carney, e os ex-secretários do Tesouro dos EUA Timothy Geithner e Lawrence Summers, culpou principalmente os antiquados sistemas de pensão e aposentadoria pelo enorme déficit de financiamento, que somou US$ 1,2 trilhão em 2018. A estimativa de retornos menores de poupança - em uma era de baixas taxas de juros - agrava o problema.

O relatório - que abrange 21 países, incluindo Japão, Alemanha, Índia e México, que respondem por 90% do PIB global - disse que a crise que se aproxima não é apenas de pensões. A segurança financeira vitalícia também depende da disponibilidade de serviços de saúde pública, moradia e transporte, bem como do apoio informal da comunidade e da família.

Para contatar o editor responsável por esta notícia: Daniela Milanese, dmilanese@bloomberg.net

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