Arqueólogos desvendam segredo de sarcófago milenar em Mainz
Segundo o arqueólogo que coordenou as pesquisas, Guido Faccani, fragmentos têxteis foram as pistas decisivas para a identificação dos restos mortais. Os restos de lã encontrados no sarcófago seriam parte de um pálio, que eram dados por papas romanos a seus arcebispos.
No sarcófago, foram encontrados ainda sapatos nobres de couro fino de cabra, semelhantes aos utilizados por outros bispos da época.
O túmulo foi descoberto no ano passado durante uma escavação na Igreja de São João, que é a mais antiga de Mainz, e aberto em junho. Na época, os pesquisadores não foram capazes de identificar a pessoa enterrada no local. Como o corpo foi tratado com cal antes do enterro, pouco restou no sarcófago. Havia apenas alguns vestígios do esqueleto. O crânio estava completamente dissolvido.
Determinada por datação por carbono, a data de morte, que foi limitada entre 950 e 1050, foi uma indício que contribuiu para a identificação de Erkanbald, que morreu em 1021. Segundo fontes escritas, Erkanbald teria sido enterrado em sua igreja.
Pouco se sabe sobre Erkanbald. Sua data de nascimento não é clara. Ele viria de uma família de condes da região de Braunschweig. Em 997, teria se tornado abade em Fulda, um centro de poder na época. Poucos anos depois, participou da coroação de Henrique 2º em Mainz. Em 1011, se tornou arcebispo da cidade.
Segundo a antropóloga Carola Berszin, as pesquisas mostram que Erkanbald tinha entre 40 e 60 anos quando morreu, sofria de doenças que atingiam os mais abastados, como gota, e tinha 1,83 metros de altura e pesa cerca de 70 quilos. A análise do DNA que fornecerá mais informações sobre a região de nascimento dele ainda não foi concluída.
As descobertas revelam ainda que Igreja de São João foi a primeira catedral da cidade, que foi fundada pelos romanos no século 1º, além de ser uma das igrejas mais antigas da Alemanha.
CN/epd/afp/kna
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