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Candidato derrotado em outubro pede que partido de Morales facilite sucessão

11/11/2019 12h44

La Paz, 11 nov (EFE).- Carlos Mesa, ex-presidente da Bolívia e candidato derrotado por Evo Morales nas eleições do dia 20 de outubro, pediu nesta segunda-feira que o partido governista Movimento para o Socialismo (MAS) atue para acabar com a vacância de poder no país.

Para o mandatário entre 2003 e 2005, uma possível solução para o impasse político seria a legenda, que tem maioria no Parlamento, indicar um presidente interino do Senado, que exerceria a chefia de Estado.

Ontem, Morales confirmou a renúncia à presidência após quase 14 anos no poder, com a saída da maior parte de seu governo, diante da onda de protestos nas últimas semanas motivada pelas acusações de fraude nas eleições realizadas do último dia 20.

"Não houve nenhum golpe de Estado na Bolívia. O povo boliviano, heroicamente, deu uma lição democrática", garantiu o candidato derrotado no mês passado.

Mesa, que lidera a coalizão Comunidad Ciudadana acusou o rival no último pleito de quebrar a linha sucessória, com a entrega dos cargos de todos que poderiam exercer a presidência, segundo a Constituição.

Até agora, o vice-presidente Álvaro García Linera, a presidente do Senado Adriana Salvatierra e o presidente da Câmara Víctor Borda renunciaram as respectivas funções.

O oposicionista apelou para o "sentido patriota e de responsabilidade" dos integrantes do MAS, para que reúnam o Parlamento e cheguem a um acordo para acabar com a crise.

A Praça Murillo, em La Paz, onde estão as sedes do Executivo e do Legislativo, vinha sendo resguardada com forte esquema de segurança, até que os policiais decidiram se rebelar em um quartel próximo contra o governo de Morales.

Hoje, Mesa pediu para que os agentes e também os homens das Forças Armadas garantam a paz na região.

Ontem, a Organização dos Estados Americanos (OEA) recomendou a repetição do primeiro turno das eleições e Morales anunciou que o pleito seria realizado novamente com um Tribunal Supremo Eleitoral renovado. EFE

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