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OPAQ avalia denúncias de uso de armas químicas na Síria

22/10/2019 11h48

Haia, 22 Out 2019 (AFP) - Especialistas da Organização para a Proibição de Armas Químicas (OPAQ) avaliam a credibilidade das denúncias das autoridades curdas acusando a Turquia de usar armas não convencionais no norte da Síria, informou o organismo nesta terça-feira.

"Os especialistas da OPAQ participam no processo de avaliação da credibilidade das alegações relativas à situação no norte da Síria", afirmou a organização em um email enviado à AFP.

A OPAQ, com sede em Haia, disse que nenhuma investigação havia sido aberta. Ela "continua monitorando a situação", apontou, sem dar mais detalhes.

Autoridades autônomas da minoria curda síria acusaram a Turquia de usar armas não convencionais - como napalm ou fósforo branco - em sua ofensiva lançada em 9 de outubro contra uma milícia curda no norte da Síria, alegação negada por Ancara.

O Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), que possui uma extensa rede de fontes no terreno sírio, não conseguiu confirmar seu uso. O OSDH, no entanto, disse que "registrou vítimas de queimaduras que chegaram ao hospital Tal Tamr", uma cidade próxima à cidade fronteiriça de Ras al-Ain.

"Especialistas da OPAQ continuam a reunir informações (...) sobre qualquer suposto uso de produtos químicos como arma", disse a OPAQ.

Ao longo do conflito que devasta a Síria desde 2011, o termo napalm foi usado para descrever bombas incendiárias feitas de substâncias semelhantes ao napalm.

O fósforo branco pode ser usado em particular para criar uma cortina de fumaça, mas também pode ser usado para a fabricação de armas incendiárias mortais, uso proibido pelo direito internacional.

Autoridades curdas postaram nas redes sociais um vídeo mostrando crianças com queimaduras que, segundo um médico da província de Hassake, podem corroborar o uso de tais armas.

O ministro da Defesa turco, Hulusi Akar, negou nesta quinta-feira aos jornalistas o uso de "armas químicas".

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