59% das estradas federais estão em situação ruim, regular ou péssima, mostra CNT
Segundo informações da instituição, quando considerado o estado geral das rodovias, 59% da malha rodoviária pavimentada apresenta algum tipo de problema, sendo considerada regular, ruim ou péssima. Os demais 41% da malha são considerados em ótimo ou bom estado.
No quesito pavimento, as rodovias apresentam problemas em 52,4% da extensão avaliada, outros 47,6% têm condição satisfatória. Em 0,9%, o pavimento está totalmente destruído.
Sobre sinalização, 48,1% da extensão é considerada regular, ruim ou péssima, contra 51,9% ótima ou boa. A faixa central é inexistente em 6,6% da extensão e as faixas laterais são inexistentes em 11,5%.
Em relação à geometria da via, 76,3% da extensão é deficitária e 23,7%, ótima ou boa. As pistas simples predominam em 85,8%. Falta acostamento em 45,5% dos trechos avaliados. Nos trechos com curvas perigosas, em 41,7% não há acostamento nem defensa.
O levantamento fez uma apuração de pontos críticos e identificou 797 no Brasil, sendo 130 erosões na pista, 26 quedas de barreira, 2 pontes caídas e 639 trechos com buracos grandes.
O cenário mostra que as condições do pavimento geram um aumento de custo operacional do transporte de 28,5%, o que, segundo a CNT, "reflete na competitividade do Brasil e no preço dos produtos".
A estimativa atual é de que, para recuperar as rodovias no Brasil, com ações emergenciais, de manutenção e de reconstrução, são necessários R$ 38,60 bilhões, muito acima do total de recursos autorizados pelo governo federal para infraestrutura rodoviária em 2019: R$ 7,57 bilhões. Desse valor, foram investidos R$ 4,78 bilhões até setembro (63,2%).
Os dados apontam que, para além das milhares de mortes que são registradas todos os anos nas estradas, o prejuízo gerado pelos acidentes foi de R$ 9,73 bilhões em 2018. No mesmo período, o governo gastou R$ 7,48 bilhões com obras de infraestrutura rodoviária de transporte.
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