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"Todos temos amigos com alguma deficiência", diz Mauricio de Sousa

Mauricio de Sousa - Reprodução
Mauricio de Sousa Imagem: Reprodução

Do Estadão Conteúdo

21/10/2019 13h00

Em 2004, a Turma da Mônica ganhou o personagem Luca, que é cadeirante. Ele foi o último de uma série. Um pouco antes de Luca, foi criada Dorinha, que é cega. Já na década de 60, o pioneiro foi Humberto, deficiente auditivo. "A Turma da Mônica é um grupo de personagens que vive e age como crianças normais. Como nossos filhos ou conhecidos. E todos nós temos amigos com algum tipo de deficiência. Aprendemos as regras da inclusão aí", diz o quadrinista e escritor Mauricio de Sousa.

Superintendente da Associação de Amigos do Autista (AMA), Ana Maria Serrajordia Ros de Mello destaca a importância do personagem autista André. "Muitas das crianças com diagnóstico de autismo fisicamente são muito parecidas com as outras, mas são muito diferentes no comportamento e isso costuma gerar algum constrangimento para os familiares."

O personagem Haroldo, com epilepsia, também agradou. "Uma das coisas mais importantes para parentes de crianças com epilepsia é, além do controle das crises, que seus filhos sejam aceitos no ambiente social, escolar e, no futuro, no ambiente profissional", diz Vera Cristina Terra, presidente da Liga Brasileira de Epilepsia. "Nas duas primeiras semanas, recebemos quase 500 solicitações desse gibi de associações de pacientes, escolas e pais", relata Miguel Giuducissi Filho, diretor médico científico da União Química, parceira na iniciativa.

Errata: este conteúdo foi atualizado
Diferentemente do publicado no primeiro parágrafo, o personagem Humberto foi criado na década de 1960. Posteriormente, vieram os personagens Dorinha e Luca. A ordem errada dizia que o primeiro a ser criado foi Luca, seguido por Humberto e Dorinha. A informação foi corrigida.

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