Protesto em frente ao consulado do Chile na Argentina termina com 9 detidos
Buenos Aires, 21 out (EFE).- Um protesto convocado por movimentos sociais de esquerda em frente ao consulado do Chile em Buenos Aires nesta segunda-feira terminou em tumulto, com agressões a jornalistas que acompanhavam o movimento, nove pessoas detidas e vários feridos.
Fontes oficiais disseram à Agência Efe que a Polícia de Buenos Aires e o Corpo de Bombeiros tiveram que interferir depois de alguns grupos de manifestantes terem agredido jornalistas e ateado fogo em uma caçamba de lixo próxima ao consulado.
Imagens divulgadas pela imprensa local mostram o momento da agressão aos jornalistas. Um cinegrafista da emissora "Crónica TV" leva vários chutes e socos de alguns manifestantes, enquanto outros tentam afastar os que tentavam atingi-lo. Nas redes sociais, fotos mostram que o profissional sofreu ferimentos na cabeça.
Pouco depois, agentes das forças de segurança locais entram em cena para, segundo o governo da Argentina, restabelecer a ordem e dar espaço para que os bombeiros trabalhassem.
O protesto, que pouco a pouco foi sendo dispersado sem mais incidentes, terminou com nove detidos. A Polícia da Argentina trabalha agora para localizar outros responsáveis pelas agressões e verifica as câmeras de segurança da região para identificá-los.
A manifestação foi convocada por grupos como o Movimento Socialista dos Trabalhadores em apoio aos protestos registrados contra o governo de Sebastián Piñera no Chile.
"A luta do povo chilena não está isolada da realidade que a América Latina e o mundo vivem. As mobilizações e as revoltas mostram a resistência dos povos, e os governos lacaios do Fundo Monetário Internacional usam seu aparelho repressivo", afirmou Cele Fierro, candidata a deputada nas eleições do próximo domingo na Argentina. EFE
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