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Inundações deixam 25 mil desabrigados no sudeste de Níger

21/10/2019 15h17

Niamey, 21 out (EFE).- Mais de 25 mil pessoas foram obrigadas a deixar suas casas na região de Diffa, no extremo sudeste de Níger, após as inundações provocadas pela alta do rio Komadugu Yobe.

O alerta foi feito pelos deputados da região, que expressaram em comunicado a preocupação com a situação. Segundo eles, o nível do rio segue crescendo e as inundações devem atingir outras localidades.

As principais áreas afetadas até o momento são as cidades de Chétimari, Diffa e Mainé Soroa, onde as mais de 25 mil pessoas tiveram que deixar suas casas, de acordo com balanço da tragédia feita pelos parlamentares.

Além das inundações, os deputados destacaram no comunicado a destruição de centenas de hectares de plantações na região atingida.

"Esta avaliação é provisória. Nos próximos dias, os danos podem chegar a mais cidades, especialmente porque Geskérou e Bosso também estão expostas à cheia gradual do rio Komadugu Yobe", disse Gasto Moumouni Harouna, um dos deputados da região.

As pessoas desabrigadas foram ajudadas pelo governo local e organizações humanitárias. Muitas se instalaram em escolas e outros edifícios públicos, mas parte delas se mudou provisoriamente para casa de parentes que vivem longe da área afetada pelas inundações.

"Essa cheia excepcional das águas do Komadugu Yobe ocorreu durante a noite e surpreendeu a população enquanto dormia. Em alguns lares, as famílias sequer tiveram tempo para salvar suas reservas de alimentos", disse Arifa Mamadou, morador da cidade de Diffa, à Agência Efe.

Para ajudar as pessoas atingidas, os deputados pediram ao governo central que envie alimentos, água e forneça atendimento médico e instalações de higiene e saneamento.

O rio Komadugu Yobe deságua no Lago Chade e serve de fronteira natural entre Níger e Nigéria.

É a terceira vez nesta década que esta região de Níger, afetada por atentados promovidos por grupo jihadistas, enfrenta inundações desta magnitude. EFE

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