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Idosa de 83 anos é expulsa de prédio após problema com cookies e bate-boca

Elsie Cruey enfrenta problemas no complexo onde mora nos Estados Unidos - Reprodução/The Washington Post
Elsie Cruey enfrenta problemas no complexo onde mora nos Estados Unidos Imagem: Reprodução/The Washington Post
do UOL

Do UOL, em São Paulo

21/10/2019 11h18

Uma senhora de 83 anos está enfrentando problemas no prédio em que mora nos Estados Unidos após ter ficado com alguns cookies que foram servidos durante um evento comunitário realizado no local.

Elsie Cruey começou a enfrentar problemas no local onde mora em junho, quando recebeu pela primeira vez um aviso de que havia "violado as regras de locação do imóvel". Segundo o e-mail, ela havia ficado com "muitos cookies" de um evento comunitário que foi realizado lá. O complexo em que Cruey mora é destinado para idosos acima dos 62 anos.

A reportagem, feita pelo The Washington Post, destaca o trecho do e-mail em que os administradores do local apontam a culpa de Cruey, destacando inclusive uma suposta confissão dela.

"Em 13/06/2019, a residente e o gerente da comunidade conversaram e ela admitiu que pegou os biscoitos para comê-los antes de dormir junto com seu leite. A residente deve parar imediatamente de tomar e/ou tentar remover alimentos, bebidas e outros itens de serviço dos eventos da comunidade", destacou o e-mail. Para a reportagem, Cruey alegou que ganhou os cookies de suas amigas para que ela os experimentasse.

Cerca de um mês após o episódio, Cruey recebeu uma nova notificação. Desta vez, a carta continha o título "Aviso de rescisão do contrato de arrendamento" e descrevia a violação como "não remediável". Junto com o recado, veio a ordem de despejo até o dia 17 de outubro.

O aviso de rescisão do contrato de locação diz que Elsie "recusou instruções diretas para sair de uma reunião privada" em 12 de setembro.

"Depois de receber instruções para sair, você se comportou de maneira desagradável e escandalosa e agrediu fisicamente o gerente da comunidade, agarrando-a pelo pulso", alegaram os proprietários do complexo no texto.

Cruey rebate a acusação explicando que não sabia que o evento era privado e que só ficou no local ao ver que estavam sendo debatidas questões relativas a um programa que poderia fornecer descontos no aluguel dos moradores. Ela ainda alega que não agarrou ninguém durante o episódio.

Um ex-morador do local, que conversou com a reportagem do Washington Post em condição de anonimato, já que ainda tem amigos que moram no local, alegou que o caso de Cruey não é o único e que outros idosos estão sendo acusados de violações por pegarem comida do café da manhã gratuito que é oferecido no complexo.

A reportagem do Washington Post procurou a Greystar em busca de explicações sobre o caso e recebeu um comunicado oficial em resposta.

"Embora nossa política seja não discutir questões sobre residentes individuais, arrendamentos ou possíveis violações de contrato, é nossa prática responder às preocupações dos residentes e aplicar as regras da comunidade para o desfrute silencioso de todos os residentes", respondeu a empresa.

Até o momento, Elsie não aceitou a determinação emitida pela administração do complexo e segue morando no local. Sandra, sua filha, tentou conversar com os administradores em busca de uma saída alternativa, mas ainda não obteve retorno.

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