Vaticano investiga uso de doações na compra de imóvel de luxo, diz imprensa
Cidade do Vaticano, 20 Out 2019 (AFP) - A justiça do Vaticano investiga a compra de um prédio de luxo em Londres que seria financiado por doações à Igreja, segundo a revista l'Espresso, em um novo capítulo dos vazamentos de informações que levaram à demissão do chefe da segurança da Cidade do Vaticano.
A investigação, iniciada no meio deste ano, aponta "indícios sérios de peculato, fraude, abuso de função e lavagem de dinheiro", de acordo com uma ordem judicial publicada pelo semanário.
No dia 1º de outubro, a justicia vaticana confiscou documentos nos gabinetes da Secretaria de Estado, o coração do governo do Vaticano, e da Autoridade de Informação Financeira (AIF).
Cinco pessoas, incluindo o número dois desta autoridade antilavagem de dinheiro e um prelado, foram "suspensas por precaução" de suas funções como parte da investigação, divulgada pelo L'Espresso.
O vazamento desta informação para a imprensa foi considerada pelo papa Francisco como um golpe na "presunção de inocência", e Francisco aceitou a demissão - há uma semana - do chefe da segurança do Vaticano, Domenico Giani.
Segundo a revista, estão na mira dos investigadores 650 milhões de euros de fundos postos à disposição da Secretaria de Estado que tem origem em sua maior parte "das doações recebidas pelo Santo Padre para obras de caridade e o funcionamento da Cúria romana".
Desse valor, cerca de 500 milhões de euros teriam sido confiados ao banco Crédit Suisse para investimento.
A investigação começou após um pedido em 2018 do Secretário de Estado ao Instituto de Obras Religiosas (IOR), o banco do Vaticano, no valor de 150 milhões de euros para a compra de um edifício de 50 apartamentos de luxo no elegante bairro londrino de Chelsea.
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