Governo afirma que Chile enfrenta "escalada de violência organizada"
Santiago, 20 out (EFE).- O ministro do Interior do Chile, Andrés Chadwick, afirmou neste domingo que o país enfrenta uma escalada de "violência organizada" para prejudicar a convivência da população com distúrbios que até o momento deixaram pelo menos sete mortos e mais de 150 detidos.
"Não vamos nos enganar, estamos diante de uma escalada real, sem dúvida organizada, para causar sérios danos ao nosso país e à vida de todos os cidadãos", disse Chadwick a jornalistas.
O ministro afirmou que 10,5 mil militares e agentes da polícia foram destacados em todo o país para tentar salvaguardar a ordem pública e disse que, se necessário, esse número será aumentado.
Chadwick lembrou que o Governo estendeu o estado de emergência, cedendo o controle da ordem pública às Forças Armadas, em todos os municípios da Região Metropolitana, e cidades de Antofagasta (norte) e Valdívia (sul).
Além disso, estão sendo processados decretos para declarar estado de emergência em toda a região de Valparaíso e nas cidades de Talca, Chillán, Temuco e Punta Arenas, todas no centro e no sul do Chile.
O ministro do Interior fez um balanço deste domingo e disse que aconteceram mais de 70 "eventos graves de violência", entre os quais mais de 40 saques a supermercados, lojas e outros estabelecimentos.
Chadwick estimou o número de mortos em sete, embora possa ser mais, já que três mortos foram confirmados pela manhã e horas mais tarde, bombeiros informaram sobre cinco corpos encontrados após um incêndio em uma loja na comuna de Renca, em Santiago. Além disso, segundo o ministro, aconteceram 152 detenções.
Os protestos pelo aumento do preço da passagem do metrô de Santiago, no começo da semana passada, resultaram nos últimos dois dias em uma onda de violência e vandalismo em diferentes partes do Chile.
A magnitude dos distúrbios levou as autoridades a decretar o toque de recolher noturno na Região Metropolitana, Valparaíso, província de Concepción e nas cidades de La Serena, Coquimbo e Valdivia. EFE
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