Novata, Santander auto prevê equilíbrio financeiro em 2020
"Com a Santander Auto, fechamos o ciclo de atuação no mercado de automóvel, com a plataforma da Webmotors (de venda e compra de veículos), financiamento e agora seguro", disse o presidente da Santander Auto, Denis Ferro Júnior, ao Estadão/Broadcast, plataforma de notícias em tempo real do Grupo Estado.
A seguradora iniciou sua operação há dois meses e já alcança todo o Brasil e espera crescer com o apoio da financeira do banco. Com mais de 20% de participação de mercado e carteira pessoa física de mais de R$ 44 bilhões, o Santander é líder no financiamento de veículos no Brasil, posto que conquistou após o Itaú adotar postura mais conservadora no segmento, reflexo da crise de inadimplência de 2010.
O Santander financia hoje um quarto dos veículos no País. Por mês, são cerca de 75 mil unidades. A estratégia, diz o presidente da Santander Auto, é uma oferta totalmente digital e mais simples do que as tradicionais vendas de seguro de veículos, que até um passado bem recente vinham acompanhadas de um questionário com um emaranhado de perguntas.
Novos segmentos
A seguradora já pensa em possibilidades de expansão. Um dos caminhos é ofertar seguro para não clientes do Santander, o que deve ocorrer já no início do próximo ano. Outro nicho no radar da companhia é a questão da mobilidade, que está mudando a forma de uso dos meios de transportes no Brasil e certamente terá impacto no mercado de seguros. "De qualquer forma, um veículo terá de ser segurado", disse o executivo.
Segundo Ferro Jr., a seguradora mira atingir seu ponto de equilíbrio financeiro ainda em 2020, meta que é facilitada com a retomada do setor automotivo. De janeiro a outubro, a venda de veículos novos cresceu 9,8% em comparação a igual período de 2018, segundo dados da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
Do lado do Santander, a sociedade com a HDI marca a volta do banco na figura de uma seguradora. Desde 2011, quando a instituição selou um acordo bilionário para vender 51% das suas operações de seguros na América Latina para a suíça Zurich, ela vinha atuando com foco na distribuição.
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