Comissário diz que crise com a China provocou prejuízos substanciais à NBA
Nova York, 17 out (EFE).- O comissário da NBA, Adam Silver, reconheceu nesta quinta-feira que a principal liga de basquete dos Estados Unidos sofreu prejuízos substanciais devido à declaração de apoio do gerente-geral do Houston Rockets, Daryl Morey, aos protestos em Hong Kong contra o governo da China.
Depois da manifestação de Morey no Twitter no início de outubro, a emissora estatal chinesa CCTV cancelou a transmissão de dois jogos da pré-temporada da NBA no país. Várias empresas e órgãos ligados ao governo da China cortaram laços comerciais com a liga americana de basquete.
"Nossas partidas ficarão fora do ar na China enquanto conversamos. Vamos ver o que acontece depois. (...) (As consequências financeiras) são e podem continuar sendo bastante dramáticas", afirmou o comissário da NBA sobre a crise.
Cálculos extraoficiais indicam que a NBA poderia perder US$ 500 milhões por ano se deixasse o mercado da China. O Houston Rockets, inclusive, é uma das equipes que mais tem torcedores chineses, já que por muito tempo teve como um de seus destaques o ex-pivô Yao Ming.
A reação da China não parou por aí, segundo Silver. O governo de Pequim também exigiu a demissão do dirigente dos Rockets, mas o comissário disse que a NBA preferiu defender o direito de Morey de se expressar livremente.
"Nós dissemos que não havia nenhuma possibilidade de que isso ocorresse. Não havia hipótese sequer de que aplicássemos alguma punição a ele", explicou Silver.
O comissário da NBA disse estar ciente da gravidade da situação, mas garantiu estar trabalhando para superar todas as consequências financeiras provocadas pela crise.
"Somos um negócio americano, e nossos valores nos acompanham em todos os lugares. Um desses valores é a liberdade de expressão. Queríamos nos assegurar que todos entendessem que estamos apoiando a livre expressão", destacou Silver. EFE
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