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Morales encerra campanha e diz que dará "nova surra" na direita nas urnas

16/10/2019 23h03

El Alto (Bolívia), 16 out (EFE).- O presidente da Bolívia, Evo Morales, encerrou nesta quarta-feira a campanha para as eleições do próximo domingo e disse estar confiante em dar uma "nova surra" na direita para permanecer no poder por mais cinco anos.

"Estamos convencidos. Nestas eleições vamos dar novamente uma surra nos vendedores da pátria, nos neoliberais", disse Morales durante um comício para milhares de simpatizantes na cidade de El Alto, um de seus principais redutos eleitorais.

"No dia 20 de outubro, domingo, não me abandonem. Vocês podem escolher manter esse processo de mudança ou voltar ao passado", completou o presidente boliviano, que está no poder há 13 anos e tentará se eleger para o quarto mandato consecutivo, até 2025.

O comício foi realizado em uma das principais avenidas de El Alto, cidade vizinha a La Paz, criada há apenas 34 anos, que rapidamente se tornou a segunda mais populosa da Bolívia, com cerca de 1 milhão de habitantes.

Cercado de bandeiras azuis do Movimento ao Socialismo (MAS), liderado por ele próprio, Morales lembrou algumas das principais da Bolívia desde que chegou ao poder em 2006. O candidato à reeleição também prometeu seguir fazendo obras, ampliar os programas sociais e continuar defendendo os recursos naturais do país.

Cerca de 7,3 milhões de bolivianos estão aptos a votar nas eleições deste domingo. Apesar de Morales dizer que aplicará uma "nova surra" aos opositores, o pleito promete ser disputado. O ex-presidente Carlos Mesa, da aliança Comunidade Cidadã, segundo colocado nas pesquisas, tem chances de levar a disputa para o segundo turno.

Na Bolívia, um candidato é eleito em primeiro turno se conquistar mais de 50% dos votos ou se obter mais de 40%, mas com dez pontos percentuais de vantagem para o segundo lugar.

Morales sempre venceu os adversários com ampla vantagem. Em 2009, quando foi reeleito pela primeira vez, o triunfo veio com 64,22% dos votos. Agora, o presidente quer ter mais de 70% da preferência do eleitorado boliviano. EFE

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