Investigação global envolvendo pornografia infantil e criptomoedas prende centenas
Por Andy Sullivan e Raphael Satter
WASHINGTON (Reuters) - Autoridades policiais de vários países disseram nesta quarta-feira que prenderam centenas de pessoas por participação em uma rede de pornografia infantil que usava tecnologia sofisticada para ocultar a identidade de seus usuários.
Autoridades de Estados Unidos, Reino Unido e Coreia do Sul descreveram a rede como uma das maiores operações de pornografia infantil que haviam encontrado até o momento.
O site sul-coreano usava a criptomoeda bitcoin para vender 250 mil vídeos que retratam abuso sexual infantil, disseram as autoridades.
O operador do site, um sul-coreano chamado Jong Woo Son, e 337 usuários em 12 países diferentes, foram acusados até o momento, disseram autoridades.
Son, que cumpre sentença de 18 meses na Coreia do Sul, também foi indiciado por acusações federais em Washington.
Várias outras pessoas acusadas no caso já foram condenadas e cumprem penas de prisão de até 15 anos, segundo o Departamento de Justiça dos EUA.
A investigação levou ao resgate de pelo menos 23 vítimas menores de idade de EUA, Reino Unido e Espanha, que estavam sendo ativamente abusadas por usuários do site, informou o Departamento de Justiça. Muitas crianças nos vídeos ainda não foram identificadas.
O site é um dos primeiros a monetizar pornografia infantil usando bitcoin, o que permite aos usuários ocultar suas identidades durante transações financeiras.
Os usuários conseguiram resgatar a moeda digital em troca de pontos que poderiam gastar baixando vídeos ou comprando contas "VIP" com tudo que você pode assistir. Também é possível ganhar pontos com o upload de pornografia infantil inédita.
O Departamento de Justiça disse que o site captou ao menos 370 mil dólares em bitcoin antes de ser suspenso em março de 2018 e que a criptomoeda foi lavada através de três transações de moedas digitais sem nome.
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